MANIFESTO DA DIRECÇÃO: Este blogue “www.sortesdegaiola.blogspot.com”, tem como objectivo primordial só noticiar, criticar ou elogiar, as situações que mais se distingam em corridas, ou os factos verdadeiramente importantes que digam respeito ao mundo dos toiros e do toureio, dos cavalos e da equitação, com total e absoluta liberdade de imprensa dos nossos amigos cronistas colaboradores.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

FESTIVAL do MONTIJO













Aqui está um festival montado com bom gosto

Sem desprimor para nenhum dos outros intervenientes, é evidente que as presenças de Diego Ventura e de seu pai, são a grande atração de sabado no Montijo. Em primeiro lugar quero salientar a amizade dos Venturas, pai e filho, com o "Chalana", o Diego porque sendo a figura que é acedeu a vir tourear um festival em honra de um amigo, e depois o Pai porque estando retirado não quis deixar de estar presente, sabendo os dois que são a maior atração do Festival.



Todos os outros nomes que constam no cartel abonam a este, grandes motivos de interesse.

Eu irei ao Montijo porque sou amigo do Chalana, mas também porque o cartel tem um interesse redobrado...
Vamos poder ver variados conceitos de toureio, e rivalidades discutidas na praça...
A presença de forcados que fizeram história nos Amadores de Alcochete, é outro importante motivo de interesse.

Manuel Maria Barbosa du Bocage



"O Inferno do cíume"















A propósito dos ciumes artísticos no mundo do toiro, que se notam mais durante a temporada, tirei do poema "O inferno do ciume", versos de tão famoso autor por vezes tão mal compreendido, versos que encerram uma mensagem sempre actual, como quase tudo o que foi é e será escrito, por grandes génios.

O dito poema começa com o primeiro verso que transcrevo

“Em vão pregador rançoso….”

As reticencias representam 5 versos mais, que definem o “pregador rançoso”, aos quais se seguem:

Que á razão embota o gume; (Embotar = arredondar)
Não, não há tartáreo lume,
Que devore a Humanidade:
Sabeis vós o que é verdade?
O inferno do ciúme.”

A obra donde tirei estes versos é toda uma elegia ás consequências perversas do ciúme. O ciúme como sabeis, não é um sentimento exclusivo do amor, ele faz-se notar, no trabalho, no desporto e nas artes sobremaneira. Quando a este se juntam complexos de superioridade e pior se forem de inferioridade, estamos perante um caso patológico designado por ciúme doentio.

Pois bem meus senhores; o mundo do toiro está invadido como nunca, por esta doença que se tornou quase numa epidemia na “Festa”, cujos sintomas se manifestam em ressaibos nítidos e permanentes.

As guerras de empresários com empresários - toureiros com toureiros, forcados com forcados, imprensa com imprensa e todas as outras que existem entre as demais combinações de agentes taurinos -, se passarem da rivalidade natural á inveja, e consequentemente ao ciúme, são do pior que pode haver...

Há que diferenciar o ciúme das rivalidades sadias; estas porque são sadias e não minadas pela invejoca, são úteis e até mesmo imprescindíveis á “Festa”. Aquelas outras, que tem o empresário A com o B, só porque o A chegou ontem e tem mais sucesso ou porque o B já está instalado e tem obra feita, ou o toureiro C em relação ao D só porque o público gosta mais do D, ou ainda porque o jornal E e o site F são mais lidos ou visitados, e por aí fora, acabam por virar o feitiço contra o feiticeiro.

Aqueles que são invadidos por ciúmes doentios no amor, do tipo: “Já olhaste 4 vezes para aquele lado”, ou, “Tu queres ir ao café mas é para ver fulano” etc. segundo as estatísticas têm mais possibilidades de serem cabrões…

Como exercício de pensamento, meditem nestes outros versos do poeta referindo-se ao ciúme:

“Esse abismo, esse Orco eterno
Não é filho da razão;
Os pavores da ilusão
È que pariram o inferno”.

O SENHOR, Manuel Maria Barbosa du Bocage, usava uma linguagem vernácula quando achava oportuno, todavia foi um dos maiores poetas da língua Portuguesa e cmo se prova, sabia bem o que era o ciúme…

Toiros Murube ???

La mode se demode, le style jamais…

 










Esta frase celebre de “Coco Chanel”, deve-se projectar no panorama actual do toureio a cavalo em Portugal.

A moda dos toiros de encaste “Murube”, dóceis, facilões, e cada vez mais perto do manso perdido, tira por completo a emoção á corrida á Portuguesa e mais grave: Afasta o público das praças de toiros…
È evidente que esta moda tem que passar de moda “LA MODE SE DEMODE…”

O público sai frustrado, os toureiros saem frustrados, as corridas passam assim a ser uma frustração completa.
A emoção é essencial e essa só é possível mantendo o estilo que sempre caracterizou as corridas de toiros, um estilo vivo em que a coragem domine, levando á emoção. O estilo não pode mudar “… LE STYLE JAMAIS…” isto é, não pode passar de moda, como se depreende da frase que titula esta crónica”

Os toureiros, só conseguem libertar toda a sua arte, quando sujeitos á “PRESSÃO” da bravura do toiro, que conduz ao perigo, levando assim emoção ás bancadas.
“O carvão quando sujeito á pressão dá origem ao diamante” disse e muito bem Winston Churchil. Reparem que as grandes actuações dos toureiros, foram sempre conseguidas com toiros bravos e com trapio, isto é, com pressão.
O toureio moderno, interpretado por uma maioria, não tem a emoção dum Batista e de um Zoio, e se lhe juntamos o toiro quase domesticado, o que fica? Nada, mesmo nada.

Estou convencido de que serão os próprios toureiros, porque pensam no futuro, a exigir toiros á séria e depois quem tem unhas é que tocará viola, e deste desiderato partir-se-á para uma selecção natural clarificadora, com toda a certeza.

As empresas, na sua maioria, têm a maior parte das culpas do estado a que isto chegou, ao deixarem que os toureiros exijam determinados toiros. Os empresários verdadeiros têm que salvaguardar o futuro da “Festa”.

Os aficcionados menos jovens, estão habituados a vibrar nas corridas e não vão agora habituar-se á sensaboria. Os Hábitos de cada um, não mudam com facilidade.

A propósito de hábitos: há dias, um grande amigo meu, quando falávamos de uma amiga comum mais velha que nós, que tinha arranjado um namorado muito mais novo - o que na dita amiga sempre foi apanágio – saiu-se com esta: “ cadela velha avessada a comer pintos… só morta perde o vicio.

Ainda que esta história não venha muito a propósito ( mas tem graça), mal comparado, se estamos habituados a viver a emoção nas corridas, se temos esse vicio só mortos o perdemos.

Os cavaleiros têm que nos dar aquilo de que gostamos e nos faz vibrar. Resumindo, como dizia o eng. F. Sommer d’Andrade: “o essencial das acções do toureio a cavalo, devem conduzir á escolha de atitudes, gestos e “ares” do cavalo, frente ao perigo que o toiro representa e o CAVALEIRO DEVE CULTIVAR”.

Sr.s cavaleiros, meditem nestas palavras sábias do mestre.


O Nosso chefe de redação recebe o prémio prestigio na 1ª grande Festa do toiro em Santarém


Encierro a cavalo em Cidade Rodrigo...


quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013


Se não sabe, aprenda...


Quando erramos pedimos desculpa


No artigo de opinião que publicamos hoje sobre a temporada, esquecemos de mencionar o nome de MARCELO MENDES, no que toca a cavaleiros que não assinaram a exclusiva.
Por este facto que só pode ser esquecimento - temos com o Sr. Levesinho as melhores relações e nutrimos simpatia por Marcelo Mendes - repito, por este fact pedimos as maiores desculpas ao Apoderado e ao Cavaleiro. Passam assim a ser 29 os cavaleiros sem exclusiva.
Noticias em 1ª,2ª,3ª e várias mãos...





Noticias :

1ª - Pode haver grupos de Forcados a assinar exclusivas, em contrapartida deixam de comprar bilhetes... lol

2ª - O Campo Pequeno pode vir a promover uma maior competição Luso-Espanhola no toureio a cavalo.

3ª - Consta que José Tomás vem á Moita.

4ª - Néné vai montar as suas corridas só com cavaleiros das exclusivas... lol

5ª - O Sr. Levesinho tem montada uma corrida na feira de Outubro ( uma encerrona com seis toiros) com um cavaleiro que subtraiu esta data a posteriores compromissos.

6ª - Os Açores estão fora de qualquer exclusiva, a independência das ilhas porque tanto lutou a FLA, ao menos neste caso é um facto... Dáaaa...

7ª - Estão na moda os gabinetes de imprensa. Será que alguns responsaveis por estes gabinetes, pensarão que é ético desempenhar essas funções e ao mesmo tempo ter papel relevante na escrita ? O Dr. Luís Pombeiro deixou o Jornal "OLÉ" quando foi trabalhar com a "APLAUDIR"... e no nosso entender, bem.

8ª - A corrida "sortesdegaiola" que na temporada passada foi um êxito, pode ser outra vez na Povoa do Varzim. Mas também pode não ser...

9ª - Maria Sara não vai ser apoderada de João Maria Branco.

10ª - Nós sabemos quem vai apoderar Mateus Prieto, mas não dizemos... lol


Hoje á tarde, noticias do mundo taurino em várias mãos. Uma rúbrica que os leitores exigem...



Campo Pequeno / Moita

Próxima temporada - As águas
separam-se, e vão correr mais ou menos normalmente...


O conflito permanente em que se envolve a sociedade moderna tem características e motivações muito especiais no nosso país e, consequentemente, no nosso mundo do toiro.

Se é um facto que a falta de convívio das pessoas em casa, motivada pelas televisões, computadores e pelo ritmo acelerado em que se vive, contribui para uma certa agressividade, também é um facto que a falta de leitura de bons livros, aliada à violência das imagens de TV e às primeiras páginas dos jornais, geralmente sensacionalistas, projectam as pessoas para a conflitualidade, dando por vezes a ideia de que, para além desta, não há outras formas de reagir.

Em Portugal, há questões que mergulham na história e que têm que ver com a personalidade típica de um povo. Senão vejamos:

Sempre que há situações fracturantes, nós os Portugueses reagimos com ódios viscerais.
Na 1.ª República o ódio dos jacobinos à igreja e dos republicanos aos monárquicos e o contrário foi evidente, de tal modo profundo que ainda hoje há resquícios. No "Estado Novo" os salazaristas e a oposição nutriam uns pelos outros um ódio profundo, e no 25A as palavras fascistas e comunistas serviram para extremar, rotulando com ódio.
Muitos mais exemplos poderia dar, mas fico-me pelo actual Benfiquismo antiPortista e correspondente Portismo antiBenfiquismo.

Neste começo do ano taurino, e porque as empresas do Campo Pequeno e da Moita são as mais importantes, as opiniões dividem-se quanto a uma posivel guerra motivada pelas exclusivas, isto numa altura de crise profunda em que os cachets se não baixarem não é crivel que subam. Uns estão do lado das exclusivas contra o Campo Pequeno, ou estão contra as exclusivas e estão do lado do Campo Pequeno, e além desta guerra há que ter em conta, o grupo dos empresários "Não alinhados...". O exemplo da época passada em Espanha não deixa antever nada de bom... 

Por ser assim, vou dissecar o que as duas principais empresas têm de trunfos para jogar.

Empresa do Campo Pequeno

Praças /nº de corridas - Campo Pequeno 9, Figueira 3, Nazaré 6, Sobral 2, Tv 2, S. Manços 2, Sobral 2.
Nota: Ainda há que contar com possiveis parcerias ou acordos com "não Alinhados"...

Cavaleiros sem exclusivas - 3 Mouras, 2 bastinhas, Rouxinol, Moura Caetano, Rui Salvador, Sónia Matias, Manuel Ribeiro Telles Bastos, Ana Batista, João Salgueiro da Costa, João Maria Branco, Duarte Pinto, Tomás Pinto, Brito paes, Filipe Gonçalves, Paulo Jorge dos Santos, Ana Rita, Fermin, Pablo, Gallan, Ventura, Manzanares, Cartagena, Marco josé, Francisco Cortes, Tito Semedo ( num total de 28 cavaleiros ), mais os matadores das habituais corridas mistas....

Campo e Praça

Praças / nº de corridas : Moita 7, Almeirim 2, Evora 5, Estremoz 2, Coruche 4,
Cavaleiros com exclusivas - Ant. Telles, J. Salgueiro, J. Telles Jr, Vitor Ribeiro, Gilberto Filipe, Rui Fernandes e ... 

Perante este cenário e perante o cenário da crise, não é dificil ver que, assim como a Emp. Campo e Praça pode cumprir os acordos com os seus toureiros ( nem nunca isso esteve em causa) só com as corridas que dá,  também o Campo Pequeno pode montar a temporada sem precisar dos toureiros que assinaram a exclusiva, quanto mais não seja porque alguns já na temporada passada estiveram sem ir ás suas praças até muito para além do meio da época.. Além disso há ainda o facto da aposta em competição de grupos de Forcados que será sempre uma mais valia...

Quem vai ganhar com isto, são alguns toureiros menos vistos que passarão porventura a ter, mais oportunidades com visibilidade... Um triunfo no Campo Pequeno tem indiscutivelmente um peso especifico muito maior que em qualquer outra praça.

Quanto aos " não alinhados" esses não vão certamente pagar mais aos toureiros do  que pagaram na época passada, tanto mais que se vai sentir com mais força a crise durante esta época...







Vamos defender as queijadas de Sintra que fazem parte do panorama taurino Nacional..

Este é o Cargaloqueij:

 

Há muitos anos a esta parte que não se imagina uma corrida no "Campo Pequeno" e não só, sem haver alguém a apregoar alto : "Olha a bela queijada de SINTRA..."
Porque um grande amigo meu criou um desenho em que fundia o galo de Barcelos e o falo das Caldas chamando-lhe o "Cargalo de Portugal", aproveitei a ideia dele, e proponho-me agora divulgar estes dois icones em conjunto com a celebre queijada, em Portugal e no mundo com o nome de "CARGALOQUEIJ". Com a devida autorização o desenho que podem ver, pondo uma queijada de Sintra no bico do bicho , e sirvo-me agora de parte do texto desse meu amigo - por acaso esse meu amigo é anti-taurino e comentou mesmo num dos meus livros o artigo que escrevi contra os anti-taurinos . 
E assim nasceu esta crónica de grande importância para o futuro da nação, hoje tão parca em valores e iniciativas.

Unidos venceremos!!!

Foi com este pensamento que resolvi juntar á figura criada pelo meu amigo, do cruzamento do “Galo De Barcelos”, com o “Falo das Caldas” as “Queijadas de Sintra”,  transformando esses três simbulos, num só.

O “Galo de Barcelos”, símbolo de fé e justiça, é popular e provinciano com muita honra.
Reza a lenda, que naquela localidade Minhota, um homem condenado á morte por roubo jurou ao magistrado, movido por forte impulso de fé, que um galo que jazia na púcara, se levantaria e começava a cantar.
E assim aconteceu!!!
Atenção, que nessa época o mágico Luís de Matos todavia não era nascido.

O “Falo das Caldas” nasceu duma encomenda feita por El Rei sr. D. Luís, e começou a ser produzido no “Sitio dos Reis” nos finais do século XIX. Desde então decora e embeleza escritórios, garagens de automóveis, adegas e tertúlias, por todo o país e mesmo no estrangeiro.

As “Queijadas de Sintra” nasceram em Ranholas pelas mãos de Maria Sapa no sec. XVIII embora haja referencias ás mesmas em registos na Torre do Tombo, que datam do sec. XIII no reinado de D. Sancho, em que estas serviam de forma de pagamento de Foros.
Há muitos anos a esta parte que não se imagina uma corrida no "Campo Pequeno" e não só, sem haver alguém a apregoar alto : "Olha a bela queijada de SINTRA..."

Vamo-nos unir em defesa do que é português, vamos defender com força o que é nosso, porque doutra maneira, onde vai parar o argumento da defesa da cultura popular (gastronómica e não só... ) e da tradição ???

Viva a bela queijada de Sintra!!!

Vamos ajudar a publicitar o Cargaloqueig!!!

Viva o novo símbolo português!!!

Os ícones unidos Vencerão!!! E nós também… sem “Quixotismos”.

ATENÇÃO!!! : Há um grupo económico Chinês interessado numa unidade de fabrico do "CARGALOQUEIJ" e na sua Comercialização, com o que isso tem de positivo...

Jovens recortadores...


terça-feira, 26 de fevereiro de 2013




Você caía nesta ???




O que foi, e o que é hoje a Prótoiro...


Para escrever esta crónica, fiz uma investigação que me permitisse fundamentá-la.

Emprimeiro lugar sobre o PAPEL que é um afeltrado de fibras unidas tanto fisicamente (por estarem entrelaçadas a modo de malha) como quimicamente por ligações de hidrogênio.

A maioria dos historiadores concorda em atribuir a Cai Lun (ou Ts'ai Lun) da China a primazia de ter sido o primeiro a fazer papel por meio da polpação de redes de pesca e trapos, e mais tarde usando fibras vegetais.

Depois sobre os DEDOS concluindo que são as extremidades dos membros dos mamíferos, mas que também se pode dar este nome a alguns artículos dos apêndices de muitos artrópodes e de outros pequenos animais.

Nos mamíferos, o número básico de dedos em cada membro é de cinco, mas muitas espécies perderam alguns deles no decurso da evolução -

Depois deste trabalho cheguei á definição da PRóToiro nos seus primeiros tempos, foi assim:

“A PRÓTOIRO não passava de um aglomerado de fibras unidas quimicamente por ligações de hidrogénio, com marcas de extremidades dos membros dos mamíferos, que foi apresentada com pompa e circunstancia numa jantarada, com o folclore da dedada e cuja utilidade durante muito tempo, foi ZERO ou quase...

Na guerra pelo respeito pela liberdade de imprensa, não se metia.

Na guerra das bandarilhas para os forcados, fez que não viu.

Para a guerra dos boicotes a alguns Grps de Forcados cujo o único crime cometido é o de quererem pegar toiros, esteve-se lichando.

Perante a guerra dos antitaurinos calava-se e vendia camisolas.

Felizmente tudo mudou, e hoje a Prótoiro está organizada e presta um serviço importante á "FESTA" e á cultura Portuguesa.

Mas ATENÇÃO!!! Ainda há muito a fazer...

António Vacas de Carvalho é o novo Cabo do Grp de Montemor




Gente discreta do mundo dos toiros






Francisco Marques "Chalana"



O Chalana é toda uma figura. A sua forma de estar no mundo, o seu passado como forcado e o seu elevado conceito de amizade fazem dele um tipo impar.
Alcochetano de nascimento, começou nos Amadores do
Montijo, e mudou-se depois para os Amadores da sua terra. onde o tempo e o modo de viver a vida de forcado o celebrizaram.

Pegou de caras alguns toiros, mas foi como rabejador que se firmou na formação do grupo em Praça. Rabejou muitas cernelhas, a maioria delas com o seu especial
amigo João Pedro Bolota. A sintonia que estes dois forcados exibiam em praça, foi transportada para a vida, e assim é, que onde está um o outro andará por perto, e na cumplicidade tornam-se quase irmãos. O Chalana não sabe o que é trair.
Se dúvidas houvesse quanto á sua forma de estar no mundo, estas dissipavam-se ao ver a força do cartel do Festival em sua honra, onde surgem nomes como o de Diego Ventura e seu pai retirado já há alguns anos, que não quiseram faltar á festa do amigo. 
A forma discreta como se move, e o sem numero de amigfos que grangeou na "FESTA", são a prova provada duma dignidade exemplar.
Homens como o Francisco Marques representamk o que há de melhor no mundo do toiro,


Ontem na rádio Portalegre, Alvarenga partiu só alguma loiça... 

















Ontem foi para o ar, como é habitual ás 2ªs feiras, mais um programa da rádio Portalegre, desta vez com o convidado Miguel Alvarenga. 
Alvarenga não defraudou as expectativas, atirou-se ao desmentido de Moura jr. quanto ao apoderamento em Portugal de Abel Correia, usando mesmo o dicionário, assim como dissecou todas as situações que mantêm as águas turvas, até estas virem a purificar-se.
Já não falta muito para que se veja tudo claro e então se separem as águas...
Foi um Alvarenga igual a si mesmo, solto e desassombrado...
O programa teve ritmo, e por isso começa cada vez a ter mais audiência...

2º treino do GFAL

Na Herdade das Gatinheiras do ganadero Sr. João Ramalho, decorreu o 2º treino do grp de Lisboa.
As vacas proporcionaram um treino proveitoso, principalmente para os forcados da cara.
No fim do treino, os elementos do grupo e alguns já retirados, conviveram á volta de um almoço a campo com o ganadero, tendo agradecido como é natural, quanto mais não fosse, porque foi a 1ª vez que o grupo ali treinou.












Assim se começa...


segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013



Também caía nesta ???...


Mais uma .



Montijo já é PCI


Tributo a Angel Peralta



Angel, à medida que o tempo passa, mais vou tomando a consciência do que és e do que foste ao longo dos anos. Hoje posso afirmar, e afirmar sem sombra de dúvidas, que foi contigo que mais aprendi do toiro, do cavalo, do toureio, e no seu todo da profissão que abraçaste.
Durante mais ou menos duas dezenas de anos tiveste o recorde de corridas toureadas na mesma época.
Um dia, em Barcelona, toureaste de manhã, à tarde e à noite.
Cortaste orelhas e rabo em Sevilha e na praça México.
Vi eu, com estes olhos que a terra há-de comer, preencheres todo um tércio de bandarilhas com pares a duas mãos (bandarilhas normais, curtas e rosas). Ah!!!... mas a isto há que juntar que o fizeste com a reforçada dificuldade de executares a sorte ora pela direita ora pela esquerda.
Não conheço ninguém que melhor soubesse aproveitar o tempo como tu.
Até aquelas infindáveis horas de viagem que fazias, e tantas fizemos juntos, tu aproveitaste para aprender francês e inglês, ouvindo aquelas cassetes que tinham na capa a seguinte frase: ‘Francês sem mestre’ ou ‘Inglês sem mestre’. Estou convencido que ninguém no mundo, senão tu, aprendeu línguas com aquelas cassetes.
Quando o sono espreitava compunhas e cantavas rocilleras, tocando-as à flauta para que eu ou outro que fosse a conduzir não adormecesse.
Publicaste livros de Fábulas notáveis, como a do “O pássaro e o touro”, tão só o mais redutor dos argumentos a usar contra antitaurinos, e publicaste uns livrinhos de pensamentos filosóficos próprios de um homem que passou pela vida de olhos abertos, observando em seu redor a vertente humana do mundo, a paisagem, os animais domésticos e os selvagens, à luz da chama imensa da arte, do saber e da realidade, tudo isto apoiado numa certa utopia característica dos génios.
Esses teus livros de pensamentos filosóficos, a que deste o titulo de “Cabriolas”, são em tamanho parecidos com os dicionários ditos liliputeanos, que no meu tempo se usavam para copiar nos pontos de francês e inglês.
Vou contar-te uma história a propósito desses teus livrinhos de pensamentos.
No ano em que comemoraste o teu quadragésimo aniversário de toureio, juntámo-nos, várias pessoas tuas amigas, e resolvemos organizar-te, e organizámos, uma festa comemorativa da data.
Era nessa altura ministro da Cultura do meu país o falecido, e meu amigo de infância, Dr. Francisco Lucas Pires.
Alguém teve a ideia de sensibilizar o ministro para que este assistisse à corrida que se realizaria em Salvaterra de Magos, distinguindo-te de algum modo (tal como achávamos merecido) como homem de cultura, tanto pelo que ajudaste a divulgar em Espanha a arte de Marialva, como pela forma como levaste o cavalo Lusitano a ser conhecido mundo fora.
Da delegação recebida pelo ministro, de entre outros, fazia parte eu e o meu irmão Manuel Lamas, que me sugeriu que levasse os tais livrinhos e os oferecesse ao ilustre político.
Assim fiz!!! O Dr. Lucas Pires sorriu e disse-me: “São pequeninos, vou lê-los, porque se fossem grandes não teria tempo”.
No dia da corrida chamou-me à parte e disse: “Os livros do nosso homem deram mais trabalho a ler que muitos livros grandes pelo que têm de tão profundos. Alguns dos seus pensamentos li-os mais do que uma vez, para saborear”.
Com tua licença, vou transcrever alguns “p’ra que aterra não esqueça”:
“Al caballo, como a el hombre, lo doma el tiempo…”.
“Es tan grande el amor, que hundindonos en la tristeza, lo volvemos a buscar con alegria”.
“Cuando se tiene el sol, no se valora otra luz”.
“El aire como el amor, tiene su fuerza oculta en su transparencia”.
“La intimidad tiene su luz en la obscuridad”.
“Al caballo que mira de frente… le gusta la verdad de la bravura”.
“Dios puso el placer tan cerca del dolor que a veces se llora de alegria…”.
Estes são alguns pensamentos, tirados completamente ao acaso da tua obra, e que dão a dimensão de uma personalidade rara.
A tua alma de artista fez-te passar pelo cinema várias vezes, mas tens a tua maior força no filme “Cabriola”, que interpretas com Marisol.
Até tu apareceres no rejoneo, as actuações dos cavaleiros não tinham expressão, eram inclusivamente algumas vezes anunciadas como o número do “caballito”. Com o quarteto da apoteose que tu formaste, e ao qual deste dimensão internacional, começaram a anunciar-se “Corridas d’el arte de rejoneo”, e é por isso que por toda a Espanha e todo o mundo taurino se diz que tu puseste o rejoneo em arte.
Ao apelidarem-te de “centauro de la Puebla”, pretendem dizer que essa figura (metade homem metade cavalo) da mitologia se homenageia no homem que passou grande parte da sua vida a cavalo, ou dedicando-se a essa nobre besta, no que à sua saúde e à sua selecção disse respeito.
Hoje que se vulgarizou o galope a ladear na cara dos toiros, é bom lembrar que o primeiro a fazê-lo foste tu, no “Mexicano”.
O primeiro cavaleiro a receber um toiro à garocha, à saída do curro, foste tu, do mesmo modo que também foste o primeiro, senão o único, a receber um toiro a cavalo à ponta de um capote, correndo-o assim até parar.
Foste igualmente tu o primeiro a pregar piruetas na cara do toiro à saída da sorte, e a pregar quiebros pela esquerda e pela direita com o mesmo cavalo, chamado “Jabato”.
A soma dos valores das tuas participações gratuitas em espectáculos de beneficência, seriam rico aconchego para muita gente.
Como testemunho do que acabo de dizer, existe em “Medina de Rio Seco” um lar de terceira idade e uma praça de toiros (onde estive ainda há poucos anos com o quarteto feminino) que são propriedade da ordem religiosa das Freiras de S. Vicente de Paula, e que têm à entrada um busto teu como reconhecimento por tudo o que fizeste pela instituição e pela ordem, além de não ser demais assinalar os desvelos com que as freiras te tratam e o quanto te estão agradecidas, como eu presenciei das várias vezes que lá fomos.
A universidade de veterinária de Córdoba distinguiu-te como Veterinário Honorário de Espanha, a associação dos cavalos Cartujanos nomeou-te seu presidente vitalício e honorário, e o gobierno distinguiu-te com a Medalha de Benificiencia, e mais, e mais, e muito mais distinções...
É assim. O mundo reconhece em ti o homem, o toureiro, o criador e o intelectual que deixará um dia um espólio ímpar.
Não resisto a recordar-te uma história, que se pode juntar a tantas outras e que documenta bem a faceta nobre do teu companheirismo.
Um dia toureavas com Paulo Caetano em “Ladrada”, ao pé de Madrid, numa praça desmontável. A camioneta do Paulo, por se ter avariado, não chegou a horas e tu disseste-lhe: “Toma o Lírio (ferro Borba) e o Zíngaro (ferro Salgueiro)” – que eram à época os teus melhores cavalos –, “porque ao pé de mim não vais deixar de cumprir o contrato”. Foi então que eu te disse: “Obrigado mas... Vê lá... não será melhor emprestar-lhe outros de segundo plano?”; ao que tu respondeste: “Nestes ele entende-se de certeza e nos outros não sei”.
Sem palavras!!!...
A tua paixão pelo cavalo era, e é, desmedida. Qualquer notícia que te chegasse de um cavalo a centenas de quilómetros alterava-te, e altera-te, qualquer rota.
Por essa tua paixão cheguei a parar o carro e a fazer parar a camioneta que se encontrava em trânsito, de uma corrida acabada para a do dia seguinte que se realizava a centenas de quilómetros, só para que tu, num qualquer descampado, à luz dos faróis do automóvel, desses uma lição a um ou vários cavalos que nesse dia não tinham estado bem.
Curvo-me perante ti, meu querido amigo e mestre.
Serás sempre p’ra mim, e p’rós meus filhos que desde pequenos aí vão a tua casa, a melhor e maior referência, e deixo-me planar agora sobre facetas de um passado que tão bem conheço mas que exige o recato e a discrição. Que se mantenham ocultas, por pertencerem à tua intimidade, à minha e à de mais alguns, poucos, amigos.
Foste, és e serás um homem de paixões.
Tudo o que fizeste na tua vida profissional, ou em qualquer estar e ser, foi, e é, vivido com paixão.
Que vivas muitos anos Maestro, porque este nosso mundo precisa cada vez mais de ti.
Neste contributo possível mas infinitamente aquém do real, deixo o meu sentir franco e profundo, “p’ra que a terra não esqueça”.