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quinta-feira, 20 de junho de 2013

Ana Batista - Homenagem



O dia 18 de junho marca as vidas de Ana Batista e a minha.

Cumprimos aniversário no mesmo dia, foi num dia 18 de junho que a vi tourear pela primeira vez montada no cavalo "Chinelo", e foi nesse mesmo dia que fui convidado pelo Dr. Brito Paes e pelo pai da cavaleira, para ser seu apoderado. Depois foram 10 anos com etapas importantes vencidas, França, Espanha e Campo Pequeno toureando com 5 profiissionais, toiros "Qtª da Foz" enormes e com idade.
A cumplicidade entre os dois e uma profunda amizade, marcaram e marcam as nossas vidas.
A minha admiração por esta Senhora toureira, advém além do mais, da sua inteligência e da sua coragem que transformaram desde muito miúda as dificuldades, como que por magia, baseando-se na determinação que sempre me impressionou, e numa visão á "la longue", que  me surpreendia a cada momento, por não ser vulgar tanta maturidade e senhorio em tão pouca idade.
Chegou a plano de figura com cavalos vulgares ou pouco mais, o que só lhe dá valor e de que maneira. Do "Chinelo" velho e a claudicar, passou para o "Pérola", depois para um "Companhia e para o Caparica" para estabilizar no "Crujo", passando pelo perigoso "Rei Leão" e mais dois ou três sem a minima história.
Teve como mestres, Além do Dr. Brito Paes e do Sr. David Ribeiro Telles,  os mestres Humberto, Paulo Cabaço, Ciopa e o Orlando, hoje seu Marido... e com todos manteve e mantém uma boa e respeitosa amizade, reconhecendo sempre com humildade o quanto aprendeu com todos.
Ao falar de Ana batista, veio-me á ideia escrever este arremedo de poesia :

A artista...


A vida, o ser, a cor, a história...

Em papéis, tintas, lápis, palcos e  arenas...
Há um artista que expressa e dá vida aos sentimentos.

A arte pura alimenta o artista,
Com a expressão de forma simples e complexa
E eterniza-se diante daquele que quer ver.

Os sentimentos são cruciais na elaboração da arte.
O artista vive o mundo construído pela arte,
De ser poeta, pintor, toureiro e senhor das palavras...

Arte que surge como nasce o dia e como o sol se põe.

Não pude estar presente no dia da sua homenagem em Salvaterra por motivos de força maior, mas falámo-nos logo pela manhã como é habitual nos dias 18/6 de cada ano. Mas a presença que fez mesmo falta nesse dia, foi a de seu pai, o meu querido amigo João Batista, que todos os sacrificios fez pela sua menina, pela sua toureira.

Pra ti Ana, para o Orlando e para a tua Mãe, um grande abraço do velho amigo de sempre

João Cortesão