MANIFESTO DA DIRECÇÃO: Este blogue “www.sortesdegaiola.blogspot.com”, tem como objectivo primordial só noticiar, criticar ou elogiar, as situações que mais se distingam em corridas, ou os factos verdadeiramente importantes que digam respeito ao mundo dos toiros e do toureio, dos cavalos e da equitação, com total e absoluta liberdade de imprensa dos nossos amigos cronistas colaboradores.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Dia de Reis - Fomos cantar as janeiras...

Vamos cantar
as janeiras!

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Este é o dia mais festivo da época natalícia em Espanha, como todos sabemos.
É evidente que reis são sempre reis e ninguém é mais representativo de um povo.
Já várias vezes defendi esta teoria, argumentando com aquilo que Miguel Esteves Cardoso escreveu, e que considero uma crónica de rara inspiração, em que dizia que existe o rei dos leitões, o rei das alcatifas, etc., e não há o presidente da república das bananas, da batata ou mesmo do ferro velho porque a República, nunca é referência de qualidade para nada. A República só nos lembra a bandalheira e é por isso que quando a rebaldaria é muita, dizemos “isto parece uma República... oh quê ?”.
Há ainda a história da menina que parece uma princesa e nunca pode parecer a filha de um presidente da República, do mesmo modo que um real jantar, uma real noitada ou uma real...., nunca pode ser um republicano jantar, ou uma republicana noitada, ou uma republicana...
Concluindo eu daí e em consequência, com um viva o rei !
Atendendo à época, e por falar em reis, levanto a voz para gritar alto: “Viva o dia de Reis!”.
Dirão os leitores: “o velho está-se a passar-se, já não tem assunto e começa-se a repetir à força toda”.
Desenganem-se meus amigos, porque estou mais novo que nunca.
Presunção e água benta, cada um toma a que quer...
Nesta data em que todos os anos por todo o país se cantam as janeiras, incluindo na presidência da República (onde os presidentes fazem de reis), é também minha intenção cantar essa música tão popular, com letra da minha autoria inspirada na temporada de 2015:

Vamos cantar as janeiras,
Vamos cantar as janeiras
P’lo mundo taurino vamos,
Vamos cantar as janeiras ...
Papariripa papariripa paparam

Que dizer de Santarém?
Que dizer de Santarém?
Ganhou o João Bolota
Os outros foram c’o a da mãe
Papararipa papararipa paparam

Podem prémios receber,
Podem prémios receber,
Desde que os organizem
Para depois os vencer
Papararipa papararipa paparam

Vamos dançar o fandango
Vamos dançar o fandango
Juntemos-lhe as sevilhanas
A valsa, a polca e o tango
Papararipa papararipa paparam

O Emílio e o Miguel,
O Emílio e o Miguel
São do que há de melhor
Cada um no seu papel
Papararipa papararipa paparam

Vou acabar,  pois então
Vou acabar, pois então
Viva o "sortesdegaiola"
Que é o melhor da Nação
Papararipa papararipa paparam

Como vêem, sou um poeta popular, quiçá popularucho, mas quem faz o que sabe, a mais não é obrigado.
Se os toureiros têm direito a tardes más, os empresários a montar corridas repetitivas sem o mínimo de interesse, os ganadeiros a apresentar curros de toiros mansos ou sem trapio, os emboladores a embolar mal, as bandas a dar fífias, os apoderados a administrar desastradamente  os seus toureiros, etc., etc., etc., será que não me assiste o direito de escrever uma crónica de merda?
Claro que me assiste tal direito!
As janeiras são uma emanação popular cujo conteúdo, sendo pobre gramaticalmente e deficitário em métrica, é rico como crítica social e politica. 
Perante tal arrazoado, para uns ensandeci, para outros esta é que é a imagem do meu valor e para outros ainda, esta crónica é simplesmente uma cagada.
Que os reis Gaspar, Baltazar e Belchior tragam além da mirra e do insenso que hoje não têm utilidade nenhuma (o Menino Jesus prefere concerteza o Nody ou uma Playstation portátil) podem trazer para a malta, uns pós de bom senso p’ra todos, começando por mim...