MANIFESTO DA DIRECÇÃO: Este blogue “www.sortesdegaiola.blogspot.com”, tem como objectivo primordial só noticiar, criticar ou elogiar, as situações que mais se distingam em corridas, ou os factos verdadeiramente importantes que digam respeito ao mundo dos toiros e do toureio, dos cavalos e da equitação, com total e absoluta liberdade de imprensa dos nossos amigos cronistas colaboradores.

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Martngalas nos cavalos toureiros ???...

Porrada nas martingalas!!!



Antigamente, e não vão lá muitos anos, o uso de gamarras fixas ou móveis era considerado quase um crime, e só era admitido em casos muito excepticionais.
Só me lembro de ver um cavalo engamarrado com mestre David Ribeiro Telles, que foi o "Chinelo", mas que olhando para a inserção e dimensão do pescoço se percebia as razões que levaram o mestre a tal alternativa.
Lembro-me também do seu Filho António com um cavalo quarto de milha engamarrado, cavalo que comprou a Fernando Castelo Branco, e que ao analisar esse exemplar e atendendo á equitação praticada pelo António também nos levava a entender tal opção.
De João Moura, recordo que nos seus tempos aureos, dos mais ou menos vinte cavalos que tinha a tourear, só um com o ferro Qt. da Foz, que depois vendeu no México, usava gamarra e por isso nunca o sacou em Portugal.
Falei destes como podia falar de quase todos desses tempos.
Hoje as serretas são quase obrigatórias, tornando-se o seu uso não condenavel, comparando com o que disse atrás, ou com as bolachas do lado esquerdo do freio que têm cinicamente  bicos para forçar o cavalo a meter a cara, já não falando nessa coisa horrivel dos cabos de aço que vão do freio ao nariz, parecendo que todas estas martingalas fazem parte do original e clássico arreio Português. 

Eu sei que hoje o tempo urge e tem que se precipitar mais que antigamente o arranjo dos cavalos. Sei também que os cavalos vão a sitíos onde não iam, mas há limites antes de chegar á bagunça actual.
Mestre Nuno de Oliveira disse: " para uma boa base de arranjo é fundamental que o cavalo pare bem e recue sem protestar".
A maioria dos cavalos a quem são impostas as martingalas de certeza que nunca pararam bem, nem nunca recuaram sem protestar.



A foto de cima é o cúmulo: "Cavalo a ser apresentado em Espanha numa demonstração de equitação com cabos de aço ao nariz"