MANIFESTO DA DIRECÇÃO: Este blogue “www.sortesdegaiola.blogspot.com”, tem como objectivo primordial só noticiar, criticar ou elogiar, as situações que mais se distingam em corridas, ou os factos verdadeiramente importantes que digam respeito ao mundo dos toiros e do toureio, dos cavalos e da equitação, com total e absoluta liberdade de imprensa dos nossos amigos cronistas colaboradores.

sexta-feira, 2 de março de 2018

Tem que se pôr emoção quando se toureia Murubes...

Toiros Murube ???

La mode se demode, le style jamais…
 










Esta frase celebre de “Coco Chanel”, deve-se projectar no panorama actual do toureio a cavalo em Portugal.

A moda dos toiros de encaste “Murube”, dóceis, facilões, e cada vez mais perto do manso, tira emoção á corrida á Portuguesa quando não se arrisca até ao limite…
È evidente que esta moda um dia vai passar de moda “LA MODE SE DEMODE…”

Quando a vertente "espectáculo" é baixa e não se arrisca o máximo, o público sai frustrado, os próprios toureiros saem frustrados, as corridas passam assim a ser uma frustração ou quase.
A emoção é essencial e essa só é possível mantendo o estilo que sempre caracterizou as corridas de toiros, um estilo vivo em que a coragem domine, levando á emoção. O estilo não pode mudar “… LE STYLE JAMAIS…” isto é, não pode passar de moda, como se depreende da frase que titula esta crónica”, mas atenção, porque só alguns tiram o devido partido desses toiros...

Os toureiros, só conseguem libertar toda a sua arte, quando sujeitos á “PRESSÃO”, que conduz ao perigo, levando assim emoção ás bancadas.

“O carvão quando sujeito á pressão dá origem ao diamante” disse e muito bem Winston Churchil. 
O toureio moderno, interpretado por uma maioria, não tem a emoção dum Batista e de um Zoio, e se lhe juntamos o toiro Murube, o que fica? Nada, mesmo nada.

Os aficcionados menos jovens, estão habituados a vibrar nas corridas e não vão agora habituar-se á sensaboria. Os Hábitos de cada um, não mudam com facilidade.

A propósito de hábitos: há dias, um grande amigo meu, quando falávamos de uma amiga comum mais velha que nós, que tinha arranjado um namorado muito mais novo - o que na dita amiga sempre foi apanágio – saiu-se com esta: “ cadela velha avessada a comer pintos… só morta perde o vicio.


Ainda que esta história não venha muito a propósito ( mas tem graça), mal comparado, se estamos habituados a viver a emoção nas corridas, se temos esse vicio só mortos o perdemos.

 Os cavaleiros têm que dar nas suas actuações aquilo de que o povo gosta  e o faz vibrar. Resumindo, como dizia o Sr. Eng. Fernando Sommer d'Andrade: " O essencial das acções no toureio a cavalo, devem conduzir á escolha de atitudes, gestos e "Ares" do cavalo, frente ao perigo que o toiro representa e o CAVALEIRO deve CULTIVAR".
 Sr.s cavaleiros,  meditem nestas palavras sábias do mestre...