terça-feira, 13 de novembro de 2012

CALDEIRADA DA GOLEGÃ



Social

A golegã socialmente globalizou-se. 
O tipico negociante de bestas transformou-se em "Marchant de Chevaux", enquanto os senhores foram na maioria dos casos, substituídos por finórios negociantes de cavalos com papeis...



Ouvir falar do cavalo e da equitação com propriedade tornou-se uma raridade, os temas rodam á volta do pai do animal em questão, da crise e das marcas de vinhos. Cansa ouvir tanta asneira e tanto lugar comum. Não há história porque não há cultura, não há cultura porque ninguém lê, ninguém lê porque todos julgam que para saber de equitação e do cavalo, basta a vertente empirica quando na maioria dos casos levam meia dúzia de anos nisto.
Os Franceses por exemplo, lêem meia dúzia de livros quando começam a montar, mais uns tantos antes de comprar o 1º cavalo, e por ser assim dá gosto ouvi-los, porque a leitura colocou no devido lugar as suas pretensões, reduzindo a arrogância tonta.


As classes sociais na Golegã nivelaram por completo. A classe média, média alta e a tradicional descem e sobem consoante as gerações, como os alcatruzes das noras, com ruído e de forma desengonçada.
Poucos se lembram de onde vêm, só pensam que sabem para onde vão, e de concreto só sabem o que queriam ser...



Genuíno, só mesmo os grupos excursionistas do Norte, que não se envergonham do garrafão e do acordeon e até dos nomes que cada grupo adopta, como por exemplo " Os parafusos vão e as Porcas ficam em casa " ou o grupo que
este ano deu á costa "Gente do CARvAlho".


As indomentárias estão quase tão standerizadas como as fardas na China de Mao Tse Tung.
As mulheres vestem de igual ou quase e os homens também.



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Os namoros covencionais na golegã, com jovens apaixonados sobre a mirada dos progenitores, são excepções que confirmam a regra, e foram substituídos pelo sair com, que equivale a dizer vou prá cama com...


 O homosexualismo assumido e declarado ainda não chegou á feira do cavalo, mas não faltará muito... depois me dirão....
Não é que eu tenha alguma coisa contra....


Gastronómicamente, a oferta centra-se acima de tudo, na carne de vacas Alentejanas, Mirandesas, Arouquesas e Marinhoas, como se houvesse muita gente com o paladar aferido para distinguir umas das outras... Eu cá para mim só há carne muito boa, boa ou vulgar...

Para muitos, montar de montura e com safões á Espanhola dá estatuto... Só assim se justifica o uso e abuso de tal arreio e de tal indumentária...
Pode ser que ainda eu viva o suficiente para ver no futuro, a moda, da malta com a cara pintada, em troco nú e com penas atadas na cabeça, a montar de manta e silha, como os Indíos.
Curiosamente os Indíos também usam Safões... lol


 A Golegã globalizou-se, não há dúvidas. Segue os "Sinais do tempo...."