segunda-feira, 22 de abril de 2013

P. Gonçalves - Sevilha




GENTE DIFERENTE



PEDRO GONÇALVES - Bandarilheiro


Sou amigo do Pedro ainda ele não era forcado, simplesmente acompanhava o seu tio e meu amigo Joaquim Gonçalves.
Uma familia de toureiros
A sua aficcion sempe foi evidente. Como forcado foi dos bons e nem uma lesão grave numa corrida no Cartaxo em 1982, abalou o seu querer e a sua valentia.
Depois de pegar no grupo de Azambuja, foi para o Grpo do AP Moita, onde continuou a pontificar a pegar de caras e a ajudar. Cernelhou seis toiros.




Em nove anos pegou 73 toiros, e ainda pegou um toiro numa festa do grupo quando já tinha 45 anos.

Como forcado, este palmarés fala por si.

Começa então a sua vida de bandarilheiro, com as maiores figuras de Portugal e Espanha. Toureou 5 vezes em Sevilha e nas cinco tardes foi chamado a agradecer de "montera en mano".
Leva 23 anos como bandarilheiro, e todos os anos tem sido distinguido com prémios.



Esta é a história artística de um Homem diferente.

Como aficionado, é presença assidua nas corridas, nos tentaderos, nas esperas e nas largadas.



É um dos impulsionadores do Festival dos Bandarilheiros, numa demonstração de sentido de amor á classe a que pertence.



O fado fazem-no vibrar ao cantá-lo ou ao ouvi-lo, o flamengo atira-o para outro mundo ao dançá-lo ou ao ouvi-lo.

A gastronomia tem no Pedro um bom executante, só quem nunca foi a sua casa é que pode duvidar do que digo.




Os amigos são os mesmos de há muitos anos o que comprova a qualidade da sua amizade, enquanto que no convivio a irreverência impera, algumas vezes roçando mesmo a inconveniência como acontece sempre com aqueles a quem toca a loucura no bom sentido.

A sua casa é a casa dos amigos, para comer ou para dormir, porque com ele vive a disponibilidade, e até amigos desavindos ali restabeleceram relações.

Quando julga ter razão, não verga a servil.

Este é o homem a quem me une uma enorme amizade... e que simboliza um certo Ribatejo.

Para o Pedro Gonçalves
Com abraços que são meus
E também de Santarém
E do próprio Ribatejo:
-Terra nobre de Plebeus,
Das Caneiras e do Tejo,
Da Lezíria e do Mouchão,
Da Maracha que detèm
O Tejo no seu destino.

João Cortesão