terça-feira, 2 de dezembro de 2014

AEMINIUM - Carta de Maria C. Barradas..

Da Senhora Dª. Maria Conde Barradas recebemos esta carta que pubicamos e aproveito para agradecer o que nela me diz respeito..


Maria Conde Barradas entregando o prémio a Mara Pimenta
Eng. Cortesão. Ilustre Beirão!


Meu amigo.

Quero publicamente agradecer a generosidade com que nos convidou para estarmos presentes na entrega de prémios da sua/vossa tão prestigiada - e prestigiante - tertúlia nesta Coimbra do nosso coração, tertuliana por natureza.

Quero agradecer a afabilidade com que recebeu estes humildes aficionados.

Quero ainda agradecer a pequena e inesperada 'marotice' com que me honrou.

Num ambiente agradável e muito afável ficou-me na memória a simpatia dos tertulianos que tivemos o privilégio de conhecer; a eloquência do Sr. Simão Comenda; a franqueza do Maestro Sr. Rui Bento Vasquez; o desabafo do Ganadeiro Sr. José Palha; o profissionalismo do Maestro Sr. Joaquim Bastinhas; o discurso emotivo e julgo, algo emocionado, do Sr. Paco Duarte com quem tivemos a honra de partilhar mesa. Ficou-me também na memória a seriedade e nervosismo, injustificado, dos mais jovens e a discrição de outros premiados.

Devo confessar que já há algum tempo não encontrava reunidos no mesmo espaço uma tão grande concentração de gente de Cultura. Porque é de Cultura que se trata quando se fala de Tauromaquia! Não daquela fabricada nos Ministérios e corredores do Poder, mas da Cultura viva de um povo com quase 900 anos de História. Tal como a Língua é um factor distintivo e determinante da nacionalidade portuguesa também o é a Cultura Tauromáquica!

Sabe como estas questões de preservação da Cultura Tradicional Portuguesa me são queridas. Tenho a convicção que um povo sem Cultura Tradicional é como um indivíduo sem memória. As memórias são o nosso referencial e permitem-nos conhecer o nosso lugar no mundo, estimar o que fomos e investir no que seremos.

De uma noite tão agradável recordarei sempre o saber receber do anfitrião. A qualidade de quem recebe avalia-se não pela forma como recebe os Grandes mas como recebe os pequenos.

Bem-haja!