quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Fui á golegã...

Fui á Golegã…

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Fui a essa vila mágica para quem é apaixonado pelo mundo do cavalo.
Encontrei os mesmos de sempre todos os dias, e aqueles que lá vão um dia ou outro para se mostrarem.
A cavalo e vestidos á Portuguesa estarão aqueles que gostam efectivamente de ser toureiros e Portugueses.
Eu sei que a Golegã, pese embora os esforços do sr. Dr. José Maltez e do actual presidente da autrquia, foge das comodidades doutros certames.
Eu sei que a Golegã, representa orgulhosamente parte duma cultura antiga,  que a iliteracia reinante não entende, mas é na Golegã e noutras feiras e romarias, que se vê o carinho e a orgulhosa resistência dum povo que, ainda se dá ao trabalho de resistir ás tentativas de cínico assassinato por parte duma elite trouxa, que quer nivelar por uma subcultura que apresenta o efémero e o artificial como se fosse o genuíno.
A Golegã ultrapassa a vulgaridade da abordagem da imprensa que se resume a umas fotos dum tipo a assar castanhas, de duas beldades a cavalo e dum membro do governo em visita oficial.



Negativamente, com a “Maltosa” a Golegã torna-se diferente

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A maioria da maltosa(malta nova) que vai á Golegã, não quer saber de cavalos nem gosta. Vai porque é finório, vai porque vai, vai para dizer que foi.
Empatam o trânsito nas ruas e nos urinóis, chateiam e chateiam-se, penduram-se em tudo o que é casa que dê nem que seja uma azeitona, bebem qualquer merda e vagueiam durante o dia sem ter ido á cama, como verdadeiras almas penadas.
O dia passam-no a comentar as que comeram, o que beberam e quem estava mais bêbado ou quem vomitou, ou ainda quem foi em coma alcoólico para o hospital de Torres Novas.
De cavalos nem falam, também não sabem nem gostam…
Alguns compram bonés, outros compram verdascas para andar a dar com elas nos amigos.
Vibram com as flamengadas manhosas que soam dos barsecos, e fumam uns “charros”.
As miúdas dos 14 aos 18 anos, vulgo pitas ( a maioria com meia mama á mostra) limitam-se a emitir sons que parecem palavras, diminutivos que parecem marcas comerciais, bebem shots e falam do “facebook”, de quem adicionou quem, quem fez um like a quem e quem partilhou o quê, com o que isto não tem que ver com o mundo do cavalo, nem interessa a ninguém, nem tem que ver com a tradição…
Os dinossauros da feira sentem que há burburinho, mas já não identificam donde vem nem o que lhe dá origem, o Alzheimer tocou-lhes consoante, mais ou menos..
A maioria dos escribas vai porque lhe parece obrigatório…
Alguns toureiros não vão, ou para ser diferente ou porque não têm Pachorra.. como eu começo a  compreender estes últimos…
Enfim, ou isto toma outro caminho ou então não sei…
A malta vem á Golegã como se fosse para “Paredes de Coura”, p’ró “Sudoeste” ou p’ra “Zambujeira do mar”.


E que tal nos dias da feira umas bandas Rock,  nuns terrenos descampados perto da Golegã??’ Pense nisso Sr. Presidente da Cãmara, seria uma forma de descongestionar a feira própriamente dita…