terça-feira, 1 de agosto de 2017

Carta de Lamas de Mendonça a M. Alvarenga...

Respeitado Publicista e Critico Tauromáquico Miguel Alvarenga,


Quando temos a sorte de ter nascido filhos de cavalheiros estimáveis, e a todos os títulos, bem educados, acompanha-nos esta maldita preocupação de nunca esquecer aqueles que respeitamos de  longa data.
E também a de sermos gratos para com  aqueles  a quem devemos favores, ou de cuja munificência é lícito vir a esperá-los.
Felicito-te pela maestria superabundante com que, na tua crónica sobre a Corrida Real de Salvaterra de Magos, observaste  a regra que acabo de mencionar. Designadamente  no que respeitava aos nossos comuns amigos Viilhais  e Rogério Amaro, dois dos pilhares da Festa Brava em Portugal
Bem hajas pela Justiça!
Mas esse  louvável desiderato de agradar pareceu-me um bocadinho exagerado quando escreveste que o Senhor Dom Duarte desceu ao redondel para entregar prémios, acompanhado por alguns membros do  staff. monárquico
Compreendemos a tua tão simpática vontade de nos honrar com uma pertença a um corpo de que regiamente nos orgulharíamos, caso correspondesse à verdade.
Mas a amizade  aqui traiu-te.
Nem o Senhor Marquês de Rio Maior, com os seus 87 anos, nem o signatário, com os seus 70, têm, infelizmente idade para fazer parte de um staff tão jovem e dinâmico como é o de SAR o Duque . Juntos somaríamos quase 170 anos ficando menos deslocados na imaginária Última Corrida Real em Salvaterra, do igualmente talentoso e imaginativo Rebelo da Silva,
Com idade para isso estava a Senhora Dona Isabel, Duquesa de Bragança, cuja presença omitiste, a justo título,  considerando, talvez, embaraçoso incluí-La no staff.
Fico-te imensamente grato pela promoção que tanto me honraria, caso  correspondesse à realidade Real
Um abraço agradecido, de um amigo que herdaste do  senhor   teu Pai

Manuel Lamas de Mendonça