sexta-feira, 23 de novembro de 2018

O PAN quer proibir os sem abrigo e outros pobres de terem animais...

O PAN apresentou uma proposta para proibir que os pobres e os sem abrigo pudessem ter animais. 

Esta gentuça é doida. Nem as pensam…


Diz e bem, Daniel Oliveira :


Daniel Oliveira

Mendigo abaixo de cão

O Regulamento Animal proposto pelo PAN na Assembleia Municipal de Lisboa tinha muitas preciosidades, que correspondem quase à proibição da utilização de animais para mais do que companhia. Mas concentro-me nas condições para ser detentor de um animal. Para além de acompanhamento médico apenas acessível a quem tenha uma situação financeira desafogada, o regulamento exigia uma extensa lista de condições de alojamento que resultava, na prática, na impossibilidade dos sem-abrigo (e de muitos pobres) terem animais, muitas vezes a sua única companhia. Mesmo compreendendo as consequências desta proposta o PAN não mudou de posição. Nem poderia mudar, porque, pôr o bem-estar do sem-abrigo à frente do bem-estar do animal seria uma intolerável manifestação de “especismo”. Noutra norma, o regulamento pede para, quando se retira o animal ao seu dono, “ter em conta a dor ou sofrimento que pode ser causado ao animal resultante da sua ligação afetiva ao detentor ou a outros animais”. Não tem uma linha sobre a dor ou sofrimento causado ao dono. É como se os animais passassem a ocupar, no ordenamento jurídico, o lugar das crianças, com o seu bem-estar à frente do ser humano adulto. Na realidade, é assim mesmo que o PAN vê as coisas