Morreu a duquesa de Alba, irrevente aristocrata do "vive e deixa viver"
A duquesa de Alba faleceu, esta madrugada, no palácio das Dueñas, em Sevilha. Oito meses após completar 88 anos, a mais titulada dos nobres espanhóis sucumbiu à doença
María del Rosario Cayetana Victoria Alfonsa Fitz-James Stuart e de Silva, duquesa de Alba e duquesa de Berwick, era a terceira mulher a dirigir a Casa de Alba, com mais de 500 anos de história. Era detentora de 49 títulos nobiliárquicos
Dois icones da arte |
A SENHORA Duquesa de Alba ficará na história como uma amante incondicional de Espanha e de tudo que dizia respeito ao seu País, mas ficará também na recordação dos artistas, toureiros, cantantes, bailarinos, pintores e poetas, pela sua sensilidade ás artes.
O povo Espanhol, e os ciganos em particular, demonstraram-lhe em vida o reconhecimento pela sua postura social que contrastava com o mundo de hoje, em que tantas vezes deparamos com vaidades assentes num quase nada.
Tive o prazer de a conhecer pessoalmente e com ela ter privado muito pouco por 3 vezes, mas guardarei para sempre a imagem de uma criatura intemporal, que vivia cada geração como se essa fosse a sua geração... e para quem se sentia tão bem num palácio de reis como numa romaria ou numa caseta de feira.
O povo Espanhol ir-lhe-á prestar certamente a grande homenajem que em vida fez por merecer.