MANIFESTO DA DIRECÇÃO: Este blogue “www.sortesdegaiola.blogspot.com”, tem como objectivo primordial só noticiar, criticar ou elogiar, as situações que mais se distingam em corridas, ou os factos verdadeiramente importantes que digam respeito ao mundo dos toiros e do toureio, dos cavalos e da equitação, com total e absoluta liberdade de imprensa dos nossos amigos cronistas colaboradores.

sexta-feira, 30 de junho de 2017

Os Sites e blogues taurinos dividem-se em:...

Na nossa opinião, os Sites e Blogues dividem-se em : "Generalistas", "Meramente informativos " e "Agentes oficiais"

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Qualquer das três opções é correcta e legítima, mas era bom que por clareza fosse  assumida.
GENERALISTAS - São os que assumem por inteiro os êxitos ou os fracassos de qualquer toureiro, embora goste mais ou menos de determinado tipo de toureio
Dá opiniões sobre as noticias que publica e percorre todo e qualquer espaço do panorama taurino criticando ou louvando segundo a perspectiva de quem escreve.
Deste registo fazem parte um bom leque dos espaços taurinos existentes na internet.

MERAMENTE INFORMATIVOS - Têm como opção noticiar sem comentários, corridas de toiros, próximos carteis, fotos dos toiros e muita fotografia, numa intenção clara de investimento na imagem e na notícia.
Os que se enquadram neste grupo são extremamente uteis á Festa, deles bebem, mesmo os outros Sites e Blogues.

AGENTES OFICIAIS - Substituem de forma encapotada (mas pouco), os sites oficiais dos toureiros. Só falam de A, B, e C, ignorando muitos outros ou mesmo pior, quando subvalorizam os que não são PASSARINHOS do seu gosto, ou mesmo deixando-se influenciar pela cor do CABELO ou por um qualquer mentor.
Para falar dos seus eleitos - longe de mim pensar que são pagos - as notícias muitas vezes são tão banais do tipo," fulano de tal passou mal a noite com problemas intestinais ou Fulanito foi ás compras ao "Cort Inglês", que nem são boas para os visados. 
Não temos nada contra quem toma esta opção, antes pelo contrário, o que gostaríamos era que assumissem com clareza essa posição perfeitamente legítima. 

NOTA :Só enfia o barrete quem quer...

Montijo- Rouxinol a solo...

Montijo - 1 de Julho

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Crónica - Montijo - 3 conceitos de arte...

As artes não são comparáveis, e ainda que os três toureiros estivessem ao seu melhor nível, o público escolheu Ventura como triunfador...

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A curiosidade de ver Ventura com toiros não Murubes, era o maior aliciante da corrida.

ANT. RIBEIRO TELLES

Como era de esperar não abdicou do seu toureio. De saída, depois dos bandarilheiros receberem os seus dois toiros, correu estes (com o mesmo cavalo ferro Silveiras) cravando ferros á tira de perfeita execução.
Nos curtos, depois de brega criteriosa, desenvolveu o que há de melhor no toureio dito clássico, conseguindo bons e até óptimos ferros quando montado no cavalo " ferro Brito Paes" (1º toiro) , mas ainda melhor quando montado no "Alcohete" (2º toiro).
Duas actuações conseguidas, em que explanou o toureio que sente.

DIEGO VENTURA

De saída, dispensou os bandarilheiros parando o 1º toiro no "Bronze ( ferro Silveiras) com doblanazos que nais pareciam capotazos. O 2º parou-o com o "Guadalquivir" ( de seu ferro) - um cavalo de rara beleza - dobrando-se pelos dois lados de igual modo, saindo em Passage depois de rematar as sortes, e estas foram executadas chamando de largo (dando vantagens ao toiro) com ligeiras batidas de execução perfeita, expondo-se no principio das suas lides com a emoção que marca o seu toureio.
Nas bandarilha, se no 1º toiro brilhou a grande altura com o NAZARI numa brega emotiva com ladeares de garupa ao muro e ferros de grande emoção, foi com o SUEÑO que mais brilhou numa brega carregada de toureria, com ladeares de cara ao muro e contra passagens de mão por dentro em terrenos impossíveis, aos quais sucederam ferros quer de longe quer em curto que puseram a praça de pé.
Como adorno, rematou as duas lides com séries de 3 palmitos cravados em sortes de violino.
Mas o mais importante do seu desempenho, foi a lide ao 2º toiro que lhe tocou (um manso, o mais manso da corrida) que cedo se refugiou em tábuas, e que Diego Ventura conseguiu pôr a investir, sacando uma faena que á partida parecia impossivel, com o Nazari simplesmente soberbo...
De salientar a mínima ou quase nula intervenção dos Peões de Brega...
Resumindo, mais um grande e concludente triunfo de Ventura, alternando com os os melhores e com toiros não Murubes...

J. MOURA jr

De saída esteve correcto, melhor no 1º toiro que no 2º, porque se o cavalo Alazão é bom ainda não está ao nivel do outro que sacou no 1º toiro que é só dos melhores que há no nosso País para estas funções.
De bandarilhas teve dois desempenhos em crescendo terminando com excelentes ferros com batidas mais em curto.
O 2º toiro que lidou foi o que menos transmitiu de toda a corrida, mas o cavaleiro montado no cavalo ( ferro Romão Tenório), juntou ao desenho das sortes, remates com piruetas cingidas dando assim um pouco da emoção que o toiro não tinha...


FORCADOS - 6 pegas á primeira...

Pelo Grupo do Montijo pegaram : Hélio Lopes, João Paulo Damásio e Rúben Pratas, ao primeiro intento. Pelos de Alcochete pegaram: Manuel Pinto, João Belmonte e João Machacaz, este na melhor pega da noite..

C. Pequeno- Rui Salvador...




Rui Salvadoré sempre garante de entrega e emoção..


Para a minha amiga Sandra Batalha...

Porque tudo tem um fim???..



Por que se tudo não tivesse um final não seria bom, uma hora ou outra pode ter algumas ou mesmo grandes dificuldades, por isso há dias em que as pessoas dizem  - Ah, este dia foi ótimo se não fosse por isto ou por aquilo...


Imagine assim: e se ninguém mais morresse ou envelhecesse, a vida ia continuar sendo a coisa mais importante para todo mundo? não! por que não teria um fim e, portanto, não teria mais importância, você estaria apenas continuando infinitamente.


Para si Sandra, como ajuda neste momento, digo: A vida só é importante e bonita por que um dia, ainda que de forma cruel, ela acaba restando só a saudade...

Saudade é amar um passado que ainda não passou, é recusar um presente que nos machuca, é não ver o futuro que nos convida...

Saudade é sentir que existe o que não existe mais... 

Saudade é o inferno dos vivos, é a dor dos que ficaram para trás, é o gosto de morte na boca dos que continuam...


História- Conchita Citron...


Porque Tauromaquia é cultura???.


TAUROMAQUIA È CULTURA... 

 

A tauromaquia tal como a conhecemos é reconhecida pelo Estado português, como parte integrante do património cultural nacional, e nessa medida, é um direito fundamental que assiste a todos os cidadãos, encontrando-se por isso, constitucionalmente protegido. 
Enquanto arte, a corrida de toiros é produto de um ensaio entre a técnica e a estética, sem descurar princípios éticos, cujo processo evolutivo está longe de estar concluído, pois existe um constante desenvolvimento em curso, que reflecte o talento natural dos sucessivos artistas, à luz dos períodos que correm. 
No entanto e como em todas as artes, há directivas que não se podem dissipar. A perfeita lealdade para com o adversário, e a total sinceridade na entrega corporal e espiritual do artista, são pedras basilares para a firmeza doutrinal da “Festa”. 
A corrida de toiros não deve por isso, deixar de ser um drama trágico/emocional onde através dele, revivemos a natureza tal como ela é: cruel e fria; fértil e mortal.  
Só assim se pode, glorificar o difícil triunfo, ou chorar a adversidade ou mesmo a fatalidade. 
O que não se basear na emoção verdadeira, não deixa de ser um ensaio de lide, mais ou menos bem rematada, e por isso, há que reconhece-lo em praça, para melhor distinção e apreensão do público em geral, em prol de um espectáculo autêntico e de possível explicação. 
Hoje, o único espectáculo onde se pode contemplar o confronto entre um homem, pelo seu arrojo, valor e inteligência, podendo resultar ferido pelo seu adversário animal é numa corrida de toiros. 
É ao cravar um ferro ao estribo, ao alargar um natural ou a executar uma pega de largo, resultado do encontro entre um toiro de lide saudável e bravo, e um homem com técnica e cultura suficiente, que se pincela e extrai, algo que se possa equiparar a arte e de onde se extrai uma mensagem. 
Uma mensagem que se resume, no êxito da inteligência humana perante a força bruta, que conduz o homem à tão procurada Liberdade no seu ecossistema de sempre, que é a Natureza.

quarta-feira, 28 de junho de 2017

Sabado em Monforte...

Montijo- Ventura e o cavalo "DOLAR"...

Montijo - 28 de Junho

Os segredos do cavalo "Dolar" de Diego Ventura...





C. Pequeno- J. Maria Branco...




O que se espera de J. Maria Branco ??? VEJA...



Há muitos invejosos em Portugal...

Ronaldo - Portugueses são invejosos...



Já Camões dizia: "Portugal é um País de invejosos"

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A guerra que tem sido feita por alguns a Cristiano Ronaldo é inconcebível, só se justifica pela inveja, inveja que é um sentimento que nunca senti nem em relação a inimigos.
É essa mesma inveja que move os ANTIS , que move jornalistas contra figuras públicas, que move politícos contra politícos, que move subordinados contra os chefes, artistas contra artistas, que em suma move os vulgares contra aqueles que se distinguem.

A propósito lembro que foi de grande interesse de Freud, “a relação entre os chistes e os sonhos não realizados, após ser surpreendido pela freqüência com que ocorriam nos próprios sonhos estruturas semelhantes aos chistes. Freud coleccionava piadas. Segundo ele, todos os conflitos psíquicos surgem, aparentemente, da oposição entre a auto preservação e a pulsão sexual; em outras palavras, entre o princípio de realidade e o princípio do prazer.
Perante isto, dixia Freud : " Todo o que não  tem prazer que se dane junto com  a inveja…"
No caso dos invejosos dos ANTIS, o que os dana é saberem que os homens de mérito não precisam de cuidar da sua fama; a inveja dos tolos e dos petulantes se encarrega de propagá.la... 

De qualquer maneira, é bom não esquecer que devemos estar sempre atentos ás investidas dessa gentuça, porque já Hemingway dizia: " Fica-te sempre por trás do homem que dispara e adiante do homem que está defecando. Assim estás a salvo das balas e da merda".


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Os invejosos são fundamentalmente uns recalcados, e os recalcados, são mantidos pelo recalque, aparecem sempre de forma deformada, pondo o próprio ego por diante, não têm sexo, nem nome, não escolhem dia, nem hora certa, mas navegam só com o intuito de calcar quem os provoca e destruir quem os incomoda. 

Coitados dos invejosos...

Toiros- A sorte deste homem...


Toiros , momentos únicos...


terça-feira, 27 de junho de 2017

Claque nas corridas de toiros ???

“ Entourages- Claques”
 



“O cuidado obsessivo sustenta a visão da entourage do artista, neste caso toureiro, que vê o conjunto de suas cápsulas do tempo como obra”.


Esta definição de entourage não pressopõe nada de mau, mas a fusão da entourage com o espírito das claques já deixa a desejar, porque no mundo globalizado e por inteiro, sopram ventos de arrancar pela raiz tudo quanto parecia seguro, certo e conquistado. No mundo de hoje, a erva rasteira abunda, e está deixar de haver espaço paras as árvores e muito menos para as florestas.

Falar em claques faz-nos lembrar os relvados dos campos de futebol, mas também nos faz lembrar algumas entourages  dos toureiros  e as suas ânsia, e isso começa a acontecer no mundo dos toiros.

Há outras claques- entourages que tiram nível e sentido á nobreza da arte de tourear, e há ainda as mais perigosas que são as que integram os que louvam o poder que está enquanto recebem Bilhetes para as corridas, e buscam ansiosamente promoção social, encostando-se ás figuras. Afinal estes opinadores de circunstância não mudam - mesmo que tudo mude – a não ser que o toureiro perca força. A sua coerência reside em estar sempre do lado de quem está nos lugares cimeiros.

As “entourages- claques” mais perigosas, quiçá, são as dos conspiradores a quem, nalguns casos,  já só falta levarem businas e cantarem cânticos obscenos. Estes  inventam  defeitos àqueles que querem  despromover, e o maior êxito que se lhes conhece no nosso país foi a diabolização daqueles que são para eles os grande culpados de todos os males da “Festa”

Ana Batista - C. Pequeno...



Assim toureou Ana Batista um toiro da ganadaria a ser lidada na 5ª feira...



Montijo - 28 de Junho
Ant. Ribeiro Telles numa época brilhante a todos os Títulos...



Manuel Vidrié e os cavalos Portugueses...


segunda-feira, 26 de junho de 2017

C. Pequeno - M.Jorge transporta uma história

Manuel Jorge de Oliveira no C. Pequeno e a sua história..



Conheci este cavaleiro desde os seus começos o que me permite recordar parte da sua história no que diz respeito aos cavalos mais importantes da sua vida e não só.

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Em amador foi brilhante com os cavalos "Elmo" e "Bafejado" aos quais juntou no ano da alternativa os "Debate". "Gafanhoto" e "Felá" ( este versadeiramente extraordinãrio) todos pretos e de ferro Ortigão Costa. Nos dois anos que se seguiram apareceu com os "Jaguar", "Jogador", "Mifiànico" e "Mafarrico" também pretos e com ferro Ortigão Costa.
Aparece depois a época dos alazões com o mesmo ferro, dos quais destaco o "Jofre", o "Ibo" o "Koorum", o "Jubileu" ( quiçá um dos dois melhores que teve", o "Foguete"e a "Má Fé".
Surge depois a época dos cavalos de ferro João Anão com o "Principe", "Redondo" e "Reguila".
Muitos mais cavalos poderia citar, mas limitei.me aos mais marcantes localizados no tempo..

Foi com base nesta cavalaria, que triunfou por toda a Espanha nomeadamente em(Madrid, Sevilha, Barcelona, Málaga e Albacete...
Em França teve èxitos notáveis nomeadamente em Mejanes omde mais que uma vez conquistou o "Rojão de ouro" na que á época era considerada a corrida mais importante do calendário taurino Francês..

É esta figura que poderão rever 5ª feira no Campo Pequeno...

A equitação de D. Ventura...

Telles, Ventura e Moura frente aos Canas dia 28 no Montijo


Conversa sobre equitação com Diego Ventura...


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Á conversa sobre equitação com Diego Ventura

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Falei com o DIEGO há há algum tempo. sobre equitação e toureio, e o artista, na sua rebeldia e no seu permanente inconformismo, revelou-me uma vez mais uma personalidade apaixonante e uma humildade que, só pode levá-lo mais e mais além.
Vive o toureio em cada segundo do dia, traçou uma linha artística própria, e convive com a fama e com o êxito com a tranquilidade dos eleitos.
O toureio é a sua vida, os cavalos a sua paixão, e na simbiose desta vida e desta paixão, encontramos um homem realizado mas não acomodado, como nunca irá estar acomodado ao longo da sua carreira, por temperamento e convicção.
Já o vi montar algumas vezes no picadeiro e no tentadero e fomos conversando a propósito do seu trabalho.
O seu conceito de equitação, não obedece a um trabalho clássico-académico, mas tem uma lógica técnico-prática de experiencia feita, que não deixa dúvidas, e que se reflecte no produto final do seu trabalho.
Disse-me que quando pega num cavalo, a sua preocupação primeira é descubrir-lhe a sua principal aptidão, e depois começa um trabalho especifico para o fim a que se destina, digo eu, da mesma maneira que hoje os atletas são trabalhados fisicamente consoante o papel que desempenham nas equipas. 
O trabalho de “Passo” é feito de forma simples, disciplinada e segura, que me transportou - uma vez mais, fazendo um certo paralelismo com o desporto -, ao aquecimento, aos alongamentos e á concentração com que os atletas iniciam o seu trabalho. Não pode ter mais lógica esta opção, e não pode ser mais inovadora…
No “trote” começam as encurvações ligeiras no tempo de execução, num contacto intermitente com a boca dos cavalos buscando a descontracção, e atirando nesse andamento  o cavalo para a aceitação da rédea contrária, fundamental no toureio.
Os exercícios de espáduas a dentro e ladeares, são executados com um ritmo e uma acção que não é vulgar.
Todos os exercícios são entremeados com flexibilizações do pescoço e maleabilizações da boca dos cavalos, rematando com as tão moralizadoras baixadas de descontração. As mudanças rápidas do exercício de cara ao muro, para garupa ao muro, são frequentes, mas é no trabalho de galope que reside, na minha opinião, o maior segredo do trabalho do cavaleiro.
Muitas passagens de mão, muito galope ao revés e sobretudo um deslizar sobre a espádua contrária com regresso á linha direita, numa aproximação ao que é exigido na sorte.
Na tourinha a exigência é muito maior que na vaca mansa. No remate da sorte surge sempre como adorno o galope ao revés numa mão ou noutra e as piruetas, tudo isto sem que limite a liberdade das montadas, mantendo-lhes intacta a sua personalidade artística.
Os “Parons” e as saídas a galope, levam-nos á doma vaquera no que esta tem de bom e espectacular.
Os ares de escola tem o brilhantismo que só os ginetes Andaluzes conseguem.
Falámos da sorte de matar e na forma como foi pioneiro de um novo desenho dessa sorte fundamental, e tudo o que me explicou teve lógica...
Aqui está parte do sgredo dos seus resultados...

Sobre rivalidades disse: Rivalidades não tenho, ou por outra, qualquer companheiro por muito amigo que seja, na praça, para mim é um rival.