Presidenciais
Para
mim, como cidadão, as presidenciais são uma patetice de todo o tamanho, além de
que, como aficionado, não posso deixar de concluir que, declaradamente como presidente defensor
da “Festa”, no passado, só tivemos o Dr. Sampaio.
Um
rei fica mais barato, é mais independente e não vai contra as tradições, não
tem amigos no BPN nem vendeu acções do mesmo grupo em boa hora, por obra e
graça do Espirito Santo como o Prof Cavaco, nem é esclorosadamente antitaurino militante , nem asséptico como o Sampaio da Nora se apresenta.
O
nosso país, na minha modesta opinião, não precisa de um presidente tipo meia
nau (só com proa). Para melhor desempenho
do que o destes candidatos se forem eleitos, bastava um tipo porreiro
que soubesse ler e escrever, amasse verdadeiramente Portugal e os Portugueses,
e um grupo de 80 ou 100 acessores, como o candidato eleito vai ter.
Qualquer
chefe de repartição servia.
Pegava-se
no tipo comprava-se-lhe meia dúzia de fatos na “Máximo Duti”, um smoking, uma
casaca e um fraque numa loja “pró noivos”, ensinava-se duas de protocolo e
treinava-se o gajo á dizer com ar circunstancial: “não comento…”
Como
imagem convinha destartarizar-lhe os dentes, e preencher-lhe os espaços da boca
que estivessem em pousio.
Os
assessores escreviam os discursos, e opinavam sobre a ratificação ou não dos
diplomas aprovados pela assembleia, que quando não aprovados á primeira, são-no
á segunda. Os ditos assessores faziam e bem as chamadas jogadas de baixa
politica, combinavam almoços com os tubarões da imprensa, intrigavam e
envenenavam as relações com os primeiros ministros e marcavam as visitas
obrigatórias a distritos e concelhos, de preferência onde menos foi votado o
presidente, isto já a pensar na reeleição.
Quando
não houvesse motivos para noticias seriam os mesmos a marcar e divulgar como
assunto de grande relevância, umas reuniões patéticas com umas organizações que
não fazem uma merda, do tipo da Prótoiro.
Quando
houvesse uma calamidade como uma cheia, um deslocamento de terras, um desastre
com uma camioneta de velhos ou crianças, um tornado ou um incendio de grandes
proporções, treinava-se o gajo para chegar e perguntar compungido “como é que
isto aconteceu?”, e rematar á despedida para as autoridades locais, que os seus
assessores iriam fazer um relatório para entregar brevemente ao governo, que
como sabem nunca dão em nada.
Há
ainda como fundamental o facto de ser inprescindivel receber as selecções, e
qualquer “mexeruco” que ganhe uma medalha lá fora nem que seja do campeonato
Ibérico, ou dos países de língua Portuguesa, nas modalidades de Chinquilho ou
Sueca.
No
10 de Junho, dava umas condecorações a uns amigos que financiaram a campanha,
ou a amigos especiais de acessores, embora as condecorações hoje estejam tão
vulgarizadas como as parelhas de cornos - qualquer tipo que se ponha a jeito pode
ter uma -, e como tal pouco valorizadas.
Nas
questões importantes diria: “ extravasa a minha competência…”
Perante
esta minha visão do papel dos presidentes que não são independentes e que
culturalmente não conhecem nem os Lusíadas, e ainda por cima cedem facilmente
ás pressões dos “Media”, aconselho os leitores a não votar, só o deviam fazer
na hipótese do BOBY se candidatar ( eu gosto do BOBY amigo do Pinto da Costa),
porque certamente não faria pior...
Meus
amigos estou-me cagando p’rás presidenciais e não vou votar, mas se o fizesse, á
luz do futuro da festa, mal por mal votava num candidato qualquer ( esquerda ou direita ) desde que fosse assumidamente aficionado.
Nota : Senhores aficionados, convém fazer constar que quem
votar num antitaurino, ficará impotente, ceguinho e cabrão, para
toda a vida. Não é verdade, mas devia ser…