A Festa pode implodir...
Diz o dicionário: “Implosão = rebentamento para dentro, conjunto de explosões combinadas de modo a que os seus efeitos tendam para uma área limitada central.
O título de hoje nasceu de uma conversa que tive há dias com um amigo, que inconformado, perspicaz e inteligentemente me disse que temia mais a implosão da “Festa” que a acção dos antitaurinos, que defendia que se devia defender a nossa paixão com todas as forças secundarizando os interesses pessoais de cada um.
Tenho pensado á séria nas suas palavras. E encontrei inspiração num livro do meu amigo Eng. Manuel da Costa (vulgo Manel da Quinta), a quem já escrevi “P’ra que a terra não esqueça”, e que é tão só, para mim, uma das maiores referencias de inconformismo sério, aliado a uma rebeldia brilhante.
O que representam os “xaxas” dos antitaurinos, quando comparadas as suas acções com as guerras dentro da "FESTA" com atentados á liberdade de imprensa que já se registaram por parte de algumas empresas, com invejocas tolas, que juntas dão uma imagem treceiromundista ao mundillo?
E que dizer da forma como são montadas certas corridas no Norte, e a opção de alguns cavaleiros que ali vão tourear, o fazerem experimentando cavalos novos, sabendo que essas corridas nessa região normalmente metem gente que paga tanto ou mais que no Sul ???
Outro exemplo : Os Forcados não podem ter a sua bela e perpétua imagem de artistas ásperos e românticos, orgulhosos da sua diferença, soberbos, idealistas, nobres e audaciosos, misturada com problemas de ordem pessoal de alguns, por muitas razões pessoais que estes tenham, e se calhar até têm… ou julgam ter.
É evidente que haverá razões emocionais para melindres e razões doutra ordem, porém, o momento que a “FESTA” atravessa e que levou, em boa hora, á criação da “P’ró Toiro, tem que forçosamente esbater estes desencontros, sob pena de tudo não passar de uma palhaçada para “Inglês ver”, tornando débil o esforço da Drª Canavilhas, do Dr. Santana Lopes e do Dr. Sumavielle, abrindo ao País profundo aquilo que para nós é um couto épico, um mito fundador e explicativo do ordenamento de uma arte e mesmo de uma certa forma de estar no mundo que, gera esta paixão que nos enleia.
Falar de união das forças do mundo do toiro e continuar com divisões, faz-me lembrar, o celibato dos padres nos dias de hoje, como escreveu Manel da Quinta, embora noutro contexto, que é este: Que importa o celibato dos padres se depois os escândalos de pedofilia e etc. se multiplicam com força e visibilidade?
O cumulo da desunião e das guerrinhas tolas, aconteceu há tempos quando um empresário se insurgiu contra um apoderado por este ter oferecido bilhetes da corrida a pessoas de quem o dito empresário não gostava. A propósito deste episódio, vou contar uma história. Era uma vez um canalizador que foi reparar uma rotura a uma mercearia. Ao sair para almoçar comprou uma grade de minis, que cá fora ofereceu a uns “bacanos” seus amigos que por sinal, não constavam das simpatias do dono da mercearia. Á volta da refeição, o merceeiro sabendo a quem o canalizador ofereceu a grade, disse: “Queres que ponha uma grade a refrescar para levares á tarde para os teus amigos?” o Canalizador riu-se e o merceeiro replicou. “A minha missão aqui é vender e servir bem os clientes… O que o tal empresário devia ter feito era perguntar se o dito apoderado não queria antes bilhetes de sombra ou mais bilhetes para outra corrida para os mesmos tipos...
Concluindo, na "FESTA" não se deve marginalizar ninguém, e as guerras se as houver, devem ser estritamente pessoais e sem visibilidade, com pena da "FESTA" rebentar por dentro = Implodir..
Tive sempre uma ternura muito especial pelos hippies, e por isso vou recordar a sua frase mais célebre ”Make love, not war” = faça amor, não á guerra. Plagiando a ideia, digo eu para abranger mais gente. “ quem não é capaz de fazer amor, pelo menos não faça guerra…
Diz o dicionário: “Implosão = rebentamento para dentro, conjunto de explosões combinadas de modo a que os seus efeitos tendam para uma área limitada central.
O título de hoje nasceu de uma conversa que tive há dias com um amigo, que inconformado, perspicaz e inteligentemente me disse que temia mais a implosão da “Festa” que a acção dos antitaurinos, que defendia que se devia defender a nossa paixão com todas as forças secundarizando os interesses pessoais de cada um.
Tenho pensado á séria nas suas palavras. E encontrei inspiração num livro do meu amigo Eng. Manuel da Costa (vulgo Manel da Quinta), a quem já escrevi “P’ra que a terra não esqueça”, e que é tão só, para mim, uma das maiores referencias de inconformismo sério, aliado a uma rebeldia brilhante.
O que representam os “xaxas” dos antitaurinos, quando comparadas as suas acções com as guerras dentro da "FESTA" com atentados á liberdade de imprensa que já se registaram por parte de algumas empresas, com invejocas tolas, que juntas dão uma imagem treceiromundista ao mundillo?
E que dizer da forma como são montadas certas corridas no Norte, e a opção de alguns cavaleiros que ali vão tourear, o fazerem experimentando cavalos novos, sabendo que essas corridas nessa região normalmente metem gente que paga tanto ou mais que no Sul ???
Outro exemplo : Os Forcados não podem ter a sua bela e perpétua imagem de artistas ásperos e românticos, orgulhosos da sua diferença, soberbos, idealistas, nobres e audaciosos, misturada com problemas de ordem pessoal de alguns, por muitas razões pessoais que estes tenham, e se calhar até têm… ou julgam ter.
É evidente que haverá razões emocionais para melindres e razões doutra ordem, porém, o momento que a “FESTA” atravessa e que levou, em boa hora, á criação da “P’ró Toiro, tem que forçosamente esbater estes desencontros, sob pena de tudo não passar de uma palhaçada para “Inglês ver”, tornando débil o esforço da Drª Canavilhas, do Dr. Santana Lopes e do Dr. Sumavielle, abrindo ao País profundo aquilo que para nós é um couto épico, um mito fundador e explicativo do ordenamento de uma arte e mesmo de uma certa forma de estar no mundo que, gera esta paixão que nos enleia.
Falar de união das forças do mundo do toiro e continuar com divisões, faz-me lembrar, o celibato dos padres nos dias de hoje, como escreveu Manel da Quinta, embora noutro contexto, que é este: Que importa o celibato dos padres se depois os escândalos de pedofilia e etc. se multiplicam com força e visibilidade?
O cumulo da desunião e das guerrinhas tolas, aconteceu há tempos quando um empresário se insurgiu contra um apoderado por este ter oferecido bilhetes da corrida a pessoas de quem o dito empresário não gostava. A propósito deste episódio, vou contar uma história. Era uma vez um canalizador que foi reparar uma rotura a uma mercearia. Ao sair para almoçar comprou uma grade de minis, que cá fora ofereceu a uns “bacanos” seus amigos que por sinal, não constavam das simpatias do dono da mercearia. Á volta da refeição, o merceeiro sabendo a quem o canalizador ofereceu a grade, disse: “Queres que ponha uma grade a refrescar para levares á tarde para os teus amigos?” o Canalizador riu-se e o merceeiro replicou. “A minha missão aqui é vender e servir bem os clientes… O que o tal empresário devia ter feito era perguntar se o dito apoderado não queria antes bilhetes de sombra ou mais bilhetes para outra corrida para os mesmos tipos...
Concluindo, na "FESTA" não se deve marginalizar ninguém, e as guerras se as houver, devem ser estritamente pessoais e sem visibilidade, com pena da "FESTA" rebentar por dentro = Implodir..
Tive sempre uma ternura muito especial pelos hippies, e por isso vou recordar a sua frase mais célebre ”Make love, not war” = faça amor, não á guerra. Plagiando a ideia, digo eu para abranger mais gente. “ quem não é capaz de fazer amor, pelo menos não faça guerra…