A despedida do Miguel
Ver partir de forma súbita, brutalmente, um amigo mais novo que o meu filho mais velho,´foi uma enorme violência que me prostrou, por não conseguir ver o sentido natural da vida.
Comecei a pensar no Miguel como forcado e vieram-me á memória pegas fantásticas. Pensei nele como ex forcado, e brilhou no meu pensamento a sua enorme humildade. Por fim repousei no amigo que nestes últimos anos estava sempre ao meu lado nos treinos do GFAL, com quem trocava impressões, e que de forma discreta de quando em quando dava umas dicas aos mais novos quando estes lhe pediam opinião.
Parei de pensar e fixei o olhar no infinito, foi então que disse para o meu filho António que tal como eu estava incrédulo e pensativo : "E a ilusão que o Miguel punha no filho (Pedro), uma criança alegre de 10 anos que sempre o acompanhava e que a pouco e pouco ía formatando a sua personalidade nos valores da amizade e companheirismo do Grupo de Lisboa...".
Resordei também a primeira pega do Pedro a uma bezerra na festa do ano passado nas Alcáçovas, e a alegria do pai, e é essa imagem de felicidade que quero guardar...
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