Caro Rui Bento:
Todos presumimos que teve uns dias um tanto atribulados e que alguns esperariam possivelmente, outro desenlace. A análise ao seu comportamento na crise e os carteis que ontem apresentou merecem-me os seguintes comentários:
1 Herdou você uma situação á qual era alheio, e contornou-a com o caoital de prestigio e lealdade provada.
2 Num contexto de incertezas fez imperar a discrição, sem abrir as comportas da memória.
3 Por ter cultura tauromáquica e bom senso - está muito longe de ser tolo -, não se empolgou ás cegas.
4 O manual do perfeito taurino obrigou-o a uma serenidade fininha.
5 As reações a notícias a esmo e a boatos, são coisas até compreensíveis, mas perigosas e irracionais. A provar o que digo, está o facto de periódicamente nos anunciarem que vai cair este ou aquele, e ele ressuscita, como foi o caso do Nénè. Esses boatos são normalmente mascavados de invejas residentes no destino essa coisa efémera que alimenta a vida de certos individuos.
6 Um taurino deve dar-se ao luxo de ser independente, encarando cada espectáculo que monta como um produto alternativo para o mercado, sem perder de vista o aspecto financeiro, como o prova o seu passado antes e durante a crise.
7 Importa reter que os aventureiros vão e vêem, dá-lhes uma sulipampa e caiem de badagaio. E os que ressuscitam sempre, são aqueles que têm valor com o capital de aficion seriedade e experiência que está por trás deles.
Por ser assim, na apresentação da 1ª parte da temporada, congratulo-me com estas duas realidades evidentes:
Os carteis anunciados são os melhores dos últimos anos.
Valeu a pena dar a cara...
Sorte para a temporada
João Cortesão