Conhecem aquela música das "Mamonas assassinas", "eu sou cornudo mas eu sou feliz" ??
O adultério encerra sempre um certo descaramento. É exactamente
sobre o descaramento que me vou debruçar.
Diccionário:
Descaramento = Falta de vergonha; desfaçatez;
desaforo; ousadia; atrevimento.
No
“mundillo” o descaramento acontece tão frequentemente como acontecem os casos
de adultério na sociedade.
Alguns
empresários apresentam fotos de toiros que nada têm que ver com os reais,
com um atrevimento incrível.
Alguns
grupos de forcados com a maior
desfaçatez, dão como consumadas pegas quando tal na realidade não
aconteceu.
Matadores
há que não podendo com os toiros lhes tiram a investida mandando-os picar
demasiado ou simplesmente tirando-lhes a muleta da cara sucessivamente,
denotando a maior falta de vergonha.
E
quanto a cavaleiros, alguns parecem ter feito contrato que inclui a obrigatoriedade
das volta á arena, desrespeitando o público depois de o enganar com uma lide
menos conseguida, com ousadia
de pasmar, para já não falar das voltas a cavalo durante e depois das lides.
A
apresentação de alguns curros, para já não falar de animais mandados para
Festivas, roçam ou mesmo entram pelo perímetro do desaforo.
Moral
da História: Qualquer destes exemplos de descaramento não está longe em
volumetria, do descaramento que pulula nos adulteros, enquanto nós os aficionados, encarnamos o papel dos cabrões, salvo
seja, que sucumbimos ao atrevimento, á desfaçatez, á falta de vergonha, á
ousadia e ao desaforo de quem nos trai, mas somos felizes, porque somos muito aficionados...