MANIFESTO DA DIRECÇÃO: Este blogue “www.sortesdegaiola.blogspot.com”, tem como objectivo primordial só noticiar, criticar ou elogiar, as situações que mais se distingam em corridas, ou os factos verdadeiramente importantes que digam respeito ao mundo dos toiros e do toureio, dos cavalos e da equitação, com total e absoluta liberdade de imprensa dos nossos amigos cronistas colaboradores.

sábado, 22 de setembro de 2018

Crónica do C. Pequeno - Despedida de Padilla...

A festa foi de Padilla




Bem apresentados os toiros de "Vinhas e Varela Crujo" deram dignidade á corrida em que toureiros e forcados se entregaram de alma e coração.

PADILLA

Começo por afirmar que não conheço Padilla nem tenho nenhuma foto com ele, mas embora não tenha sido um interprete do toureio que mais gosto, sou seu profundo admirador.
Pelo que li e ouvi, alguns entendidos, ou são ingratos ou não perceberam o que se estava a passar naquela noite.
É evidente que Padilla na 5ª feira não teve dos seus melhores desempenhos no C. Pequeno mas apresentou-se em Lisboa com toiros com peso e idade, sendo que o mais importante do dia foi tratar-se da sua despedida do nosso País e duma das suas últimas corridas antes da despedida. Por acaso algum dos presentes que tenha feito a guerra nas colónias se lembra do que sentiu nas última operações antes de terminarem as comissões de serviço ? Eu lembro-me... e por isso faço o paralelismo com essas situações e com as que o matador vive nestas suas derradeiras corridas.
Para mim as voltas e a saída em ombros foram além de tudo, o tributo que os aficionados lhe quiseram prestar, á sua valentia, ao seu espirito de sacrifício e á forma como mexeu no toureio apeado em Portugal, que desde "Gregório Garcia" nunca teve um fenómeno que tanto agitasse a FESTA…
Lembro-me a propósito deste caso, daquilo que se passou com Espártaco na sua despedida em Sevilha…

DUARTE PINTO

Deu razão á razão que o levou a estar no cartel desta corrida. Atravessa um momento extraordinário como fiel interprete do toureio clássico, assumindo por inteiro o que eu sempre defendi a seu propósito.
Se no 1º que lidou esteve bem, no 2º esteve melhor…

J. MOURA CAETANO

Depois da morte do "Temperamento" e da perda do "Hip Hop" que está há várias semanas internado no hospital veterinário com poucas ou nulas hipóteses de recuperação duma pleurisia, tão só os seus dois melhores cavalos, é preciso valor para se apresentar numa corrida desta importância com a dignidade com que o fez, quando lhe seria fácil baldar-se com um atestado médico com outras figuras têm feito, algumas recentemente.
A propósito da perda desses dois cavalos, repito, tão só as suas melhores montadas nesta temporada, relembro o que se passou com algumas figuras que passaram por situações idênticas e que demoraram anos a recompor-se e outras mesmo nunca se recompuseram…
No 1º que lidou esteve á altura do que é capaz e pode, o que foi reconhecido pelo público. No 2º esteve bem e só não deu volta á arena concedida pelo Director de corrida, na minha opinião, por excesso de hombridade toureira.

FORCADOS:

Pelos de Montemor - João da Câmara ao primeiro intento e Francisco Barreto ao terceiro intento.

Pelos Amadores de Santarém -  António Taurino, à primeira tentativa e Rúben Giovetti, à sétima.