Na vida da tauromaquia existem na crítica e não só, os profetas da desgraça que preveem um futuro negro, criticando tudo e todos, recordando o passado em que tudo era óptimo, esquecendo que há muitos anos que não esgotavam tantas praças nem se via tantas praças cheias como nesta temporada.
Perante este facto sintomático de maior afluência de aficionados ás corridas nesta temporada, sou a concluir que o povo é quem mais ordena, e se vai ás corridas é porque gosta e porque dá valor ao que vê.
No entanto há os maldosos que te lembram só as coisas menos boas, na opinião deles.
Para variar também existem os que dizem que deves falar em nome duma pureza que tudo aponta estar em desuso, defendendo um fundamentalismo muitas vezes bacoco.
Também existem os que apelidam de seguidistas aqueles que como eu nada mais fazem que acompanhar a evolução da arte.
Ainda existem os que confundem um imprevisto com incompetência: como se fosse possível controlar a vida e tudo o que vem por aí.
Infelizmente também existem os perdidos e os frustrados que tratam os outros como mereciam ser tratados: mas tu não és igual e acabas por engolir mais uns sapos.
Todavia, depois pensas melhor e relembras os que estão do teu lado: os que confiam no futuro, os que se colocam no seu lugar, os que ajudam a resolver os problemas, os que se preocupam verdadeiramente com a Festa em toda a sua plenitude e dela disfrutam e os que abraçam de verdade sem preconceitos o presente embora respeitando outros sentires.
Há que manter a esperança, porque os “profetas da desgraça” mais dia menos dia, vão desaparecer inexoravelmente do horizonte da FESTA.
Termino com estes dois versos dos "Lusíadas", com que começa a fala do "Velho do Restelo:
Termino com estes dois versos dos "Lusíadas", com que começa a fala do "Velho do Restelo:
Ó glória de mandar, ó vã cobiça
Desta vaidade a quem chamamos Fama…
Que meditem nestas palavras aqueles que dizendo-se aficionados, furiosamente atacam o presente da tauromaquia…