sexta-feira, 9 de agosto de 2013
A polémica de Estremoz...
Carta a Francisco Cortes
PARA MIM AS PALAVRAS, AMIZADE e JUSTIÇA, não são palavras vãs...
Meu caro amigo Francisco:
Na vida somos muitas vezes surpreendidos por injustiças tecidas por homens, movidos por interesses ou raivas, ou por pura ignorância, ou ainda por arrogância patética e porque não, por estupidez da boa...
Mal vai um povo quando não protege os seus, e até mesmo os marginaliza no que diz respeito ao seu papel na comunidade, ainda por cima quando a sua acção é de teor artístico, esquecendo que a arte ´faz história e a história é a alma de um povo.
Não constares do cartel da reinauguração da Praça de toiros da tua terra onde nasceste como toureiro ( lembro-me desse dia...), e onde o Senhor teu pai ( que dignificou a arte de tourear a cavalo nos 4 continentes...), esse homem que dignificou a FESTA levando aí mesmo, as maiores figuras da época quando foi empresário, é qualquer coisa que não entendo, que não consigo entender...
Quantas vezes toureaste tu e o teu pai, de forma gratuita para fins beneficentes, na praça velha ou em desmontáveis quando o velho tauródromo esteve fechado ???
Só podemos deduzir que essas atitudes altruistas não têm peso como não tem peso todo o trabalho movido pela Tertúlia de Estremoz em manter a chama acesa..
É evidente que a empresa que monta o espectáculo não tem culpa desta injustiça. Monta o espectáculo e nada a obriga a ter em conta sentimentalismos alheios á sua fria visão empresarial.. mas já o mesmo não posso dizer da autarquia, que tinha por obrigação defender os artistas da terra, numa politíca de salvaguarda e promoção dos interesses dos artistas locais...
Meu caro Francisco, aguenta e lembra-te que os politícos mudam, mas a praça não muda de sitio... Se quiseres nesse dia curtir a revolta longe da tua terra, a minha casa está á tua disposição bem como de toda a tua familia.
Um abraço de solidariewdade e profunda amizade do amigo certo
João Cortesão