Com a devida vénia transcrevemos do dito
blogue Vianense o que se segue.
Ao lerem tirem as devidas conclusões...
José Maria Costa já afirmou, em 2012, que Viana do Castelo não tinha tradição tauromáquica, e este ano prossegue com essa estratégia ridícula e mentirosa.
Antes de desmascararmos mais esta mentira cumpre apenas deixar aqui um aparte sobre a questão da tradição. Ouve-se repetidamente, da parte dos anti-taurinos, que o facto de as touradas serem tradição não justifica a sua continuidade. Curiosamente, o oposto já vale. Muito coerente…
Mas vamos então à questão de fundo. Há ou não há tradição tauromáquica em Viana do Castelo?
A verdade é que não há, no Norte do País, nenhuma cidade que tenha tanta tradição taurina como Viana do Castelo.
O primeiro registo que se conhece de uma tourada em Viana data de 1609, realizada no Campo do Forno, actual Praça da República, por ocasião da transladação dos restos mortais de D. Frei Bartolomeu dos Mártires para a capela-mor da Igreja de São Domingos. Tratou-se de um festejo e de uma homenagem a esta importante personalidade de Viana, sendo portanto fácil de concluir que se a forma escolhida para a referida homenagem foi uma tourada, então é porque essa manifestação tauromáquica já estava enraizada na cidade.
É interessante notar que as Festas em Honra de Nossa Senhora da Agonia apenas começaram em 1772. Não é portanto errado afirmar que as touradas em Viana são cerca de 200 anos mais velhas do que as festas da Cidade.
Em 1869 foi construída a primeira praça de toiros em Viana do Castelo sendo que, de então para cá, a Cidade já teve mais de 8 praças de toiros!
Em 1871 as touradas passaram a integrar o programa oficial das Festas em honra de Nossa Senhora da Agonia, situação que se manteve até 2009.
Até 2009 Viana do Castelo recebeu touradas todos os anos, para além de receber as famosas garraiadas, organizadas pelo Viana Taurino Clube.
O Viana Taurino Clube, por coincidência, é o clube taurino mais antigo de Portugal, tendo sido fundado em 1910.
Viana do Castelo foi terra de cavaleiros tauromáquicos, como o Morgado das Covas, e de vários grupos de forcados, como os Amadores de Viana do Castelo. A sua praça recebeu as maiores figuras do toureio do século XX, como Mestre João Núncio ou Manuel dos Santos. Muitos dos toureiros que estão hoje na ribalta deram os seus primeiros passos nas touradas das Festas da Agonia, como é o caso de Sónia Matias, que em 2013 regressará à cidade que a viu crescer como cavaleira.
E não têm fim as histórias relacionadas com a tauromaquia na Cidade, como a de um bezerro que nasceu na Praça de Toiros e foi tratado e cuidado por aqueles que aí moravam, que carinhosamente lhe deram o nome de “Viana”.
Quando afirma que Viana do Castelo não tem tradição tauromáquica José Maria Costa mente sem vergonha. E mente consciente de que mente.
Com efeito, em 2010 foi publicado o livro comemorativo da história do Viana Taurino Clube, que foi patrocinado pela Câmara Municipal. Aí se encontra um relato da rica história tauromáquica da cidade.
Mais há cerca de 15 dias José Maria Costa esteve na apresentação do livro das Festas da Nossa Senhora da Agonia, livro esse editado pela Viana Festas e também patrocinado pela Câmara Municipal. Nessa apresentação historiadores começaram por falar, na presença do Presidente, do que vem relatado nas primeiras páginas do livro. Escusado será dizer que o livro sobre as Festas da Senhora da Agonia começam por abordar a tradição das touradas em Viana do Castelo.
Esta é apenas mais uma das vergonhosas mentiras que José Maria Costa tenta passar para a opinião pública, mas é também apenas mais uma em que é fácil e rapidamente desmascarado.
Alguns cartazes do Século XX, das Festas da Srª da Agonia, com referências as touradas de anos tão diferentes como 1912, 1914, 1938, 1971 ou 1994.
“Foram-se embora e deixaram o lixo”
Depois de derrotado, José Maria Costa veio para a praça pública com mais uma mentira. Em declarações à Lusa no dia 23 de Agosto de 2012 afirmou que a PRÓTOIRO se tinha ido embora e deixado lixo… Mas, para azar, do Presidente, o procedimento da PRÓTOIRO após a corrida ficou registado em fotografia.
E o lixo foi todo recolhido!
Mas a PRÓTOIRO deixou, efectivamente, ficar em Viana algumas coisas, que contribuíram positivamente para a economia local.
Deixou ficar nos hotéis.
Deixou ficar nos restaurantes.
Deixou ficar nas lojas.
Deixou ficar nos vendedores de Viana que fizeram negócio no dia e no local da corrida.
Deixou ficar nas empresas que colaboraram na realização do espectáculo.
Deixou ficar nas pessoas que aí trabalharam nesse dia.
Deixou ficar na Polícia de Segurança Pública de Viana do Castelo.
Deixou ficar na Associação dos Bombeiros Voluntários de Viana do Castelo.
E, este ano, já deixou ficar na Câmara Municipal de Viana do Castelo o valor das licenças!
Em oposição, o que contribuiu a manifestação anti-taurina para a economia local?
“Isto é um atentado ambiental”
Quando percebeu que a afinal ia mesmo haver tourada, José Maria Costa virou-se para a demagogia do atentado ambiental. Com efeito, tanto na comunicação social como nas respostas que enviou para o Tribunal o Presidente da Câmara sustentou que a tourada seria um verdadeiro apocalipse ambiental para a freguesia da Areosa: a realização da tourada iria danificar os caminhos, destruir os campos e transformar uma zona agrícola num terreno impróprio para cultivo. Como é evidente, tudo não passou de mais uma mentira.
Em bom rigor, a tourada realizou-se num terreno que não era cultivado há mais de 10 anos, que só tinha silvas e lixo, e para onde as pessoas se dirigiam para consumir drogas e ter relações sexuais. A realização da tourada permitiu limpar todo esse mato e todo esse lixo, e uma zona que não era cultivada há 10 anos, que estava ao abandono, passou a estar cultivada, como o demonstram as fotografias seguintes. E, como é óbvio, quem for à zona constatará que nenhum caminho foi danificado, nem nenhuma zona se tornou imprópria para o cultivo ou ficou estragada.
No ano passado, ao saber que a PRÓTOIRO iria trazer de volta as touradas a Viana do Castelo, o Presidente da Câmara, José Maria Costa, apressou-se a vir garantir que tal não iria acontecer. Até convocou uma conferência de imprensa, no dia 13 de Agosto, só para dizer: “Garanto que não haverá tourada no dia 19 de Agosto”. O que aconteceu no dia 19 de Agosto é por demais conhecido. Foi reposta a Liberdade cultural em Viana do Castelo, numa tourada que juntou mais de 2.300 espectadores. Foi a primeira de muitas mentiras de José Maria Costa…