Adelino de Carvalho, grande Forcado...
No
1º. quartel do século XX, na maioria das corridas actuavam grupos de
forcados profissionais, com realce para um grupo de Vila Franca que foi
comandado por um valentíssimo forcado que se chamou Manuel Burrico.
Anteriormente,
no final do século XIX, aquando das inaugurações das Praças do Campo
Pequeno e de Évora, foram os Forcados Profissionais dos Riachos que
pegaram os toiros.Antes dos grupos de amadores, do Ribatejo e de Santarém, destacou-se o Grupo de Forcados Amadores do Real Club Tauromáquico Português com Carlos d’Avellar Pereira que se notabilizou como um dos cabos, onde o próprio Jayme Godinho se iniciou e mais tarde foi comandar os Amadores do Ribatejo. Nesse Grupo do Real Club, destacaram-se também alguns elementos, nomeadamente Leopoldo Finzi. Pedro d’Abreu, Eugénio Nunes Monteiro, João Perestrello de Vasconcellos, Mariano Ribeiro, Arnaldo Futcher, Vasco da Câmara, Filipe Lamas, João Nascimento e Raul Cohen, entre outros.
Como é do conhecimento geral o Grupo dos Amadores do Ribatejo desfez-se e deu origem em 1915 ao Grupo de Forcados Amadores de Santarém, comandado por António Gomes de Abreu – que tinha só 19 anos de idade – mas nos primeiros tempos este Grupo teve poucas actuações e só em 1923 é que se apresentou pela primeira vez na Praça de Santarém, numa corrida que repartiu cartel com um Grupo de Forcados Amadores do Porto.
Os forcados profissionais mantiveram-se ainda por muitos anos e é de elementar justiça realçar o nome de Edmundo de Oliveira que nas décadas de 30 e 40 divulgou com honra e brio o Grupo do Vale de Santarém, de que foi cabo.
Nos meados da década de 40 surgiu outra glória dos forcados profissionais, este de Alcochete, que se chamou Artur Garrett.
Por fim e durante muitas épocas os Profissionais de Lisboa, onde se destacaram como cabos os forcados António Matias “Leiteiro”, João Raiva, Alberto Vieira e Adelino de Carvalho.