Se você me deixou na corda bamba…
Dedicado a toda a malta dos toiros
Este
é o titulo de uma interpretação em fado e samba, que vos aconselho
vivamente a ouvir, dos meus amigos, Maria João Quadros e António Pinto
Basto, que começa assim:
“Se você me deixou na corda Bamba
Se eu me rebolei mordendo o chão
Não sei se isto é um fado se é um samba…”
A
propósito desta obra destes grandes interpretes veio-me á ideia a dança
dos apoderados, dos bandarilheiros, dos empresários e até dos moços de
estoques.
Muitos
estão na corda bamba, factores como, o numero reduzido de corridas,
polémicas que envolvem a estrutura dos cabeças de cartaz, não
cumprimento de acordos, falta ou alteração da dinâmica do apoderamento,
levam a situações de pré rotura, e destas nunca o cabeça de cartaz se
julga culpado.
É
evidente que ninguém gosta de levar um pontapé nos “Montes do prazer”
(era assim que se chamava ás nádegas em Roma no principio do SEC.
XVIII).
Perante
o dito pontapé, uns ficam tristes, deprimidos, mas interiorizam, outros
aparentemente alegres mas recalcados e desbocam-se, e outros ficam
irritados e estrilham, comportamentos em tudo semelhantes ao dos maridos
encornados.
Os que se rebolam mordendo o chão (verso 2) normalmente partem para outra sem olhar a projectos.
Os que optam por achar que foi a sina, retiram-se temporariamente curtindo o seu fado (verso 3).
Os
que para disfarçar passam a aparecer em toda a parte aparentando uma
alegria contagiante, fazem um luto de viúva alegre optando por sambar
(verso 3).
Se
você está na corda Bamba, descontraia-se, a vida continua, não entre em
guerras porque o mundo do toiro precisa de paz , paz e muito amor.