Se já pouco havia a acrescentar á história de Diego Ventura, esta temporada ultrapassou tudo...
Ventura sacou este ano, como de costume vários cavalos novos de grande categoria, superiormente arranjados.
Levou o recuar na cara dos toiros a limites inimagináveis.
Cortou orelhas e rabo em praças aonde ninguém tinha conseguido tal feito.
Aceitou desafios a que alguns fogem, como tourear um "mano a mano" em Madrid com o companheiro que mais se destacou na temporada passada e na que está a decorrer, e aceitou tourear em Portugal uma corrida de "Canas Vigouroux" ( não Murube) com A. R. Telles e Moura JR que atravessam uma época extraordinária.
Bandarilhou a duas mãos com o cavalo sem cabeçada, com o toiro no meio da arena, como ninguém tinha feito até hoje...
Por fim indultou um toiro na importante praça de toiros de Múrcia (cidade que não é um qualquer Pueblo), facto único na história do toureio a cavalo em Espanha.
Resumindo : Ventura é um artista, para quem a arte é o embrião da estética, como um ramo autônomo da sua filosofia de vida, que é submetida a uma série de regras convencionadas coletivamente, que identificam beleza com perfeição, harmonia e virtude, enfatizando a preocupação ética e social, estabelecendo rígidas hierarquias de valor, trabalho e respeito, que resultam dum caráter apaixonado pelo que faz, apoiado numa vertente idealista.