Este grupo, como acontece há muitos anos, marcou esta temporada..
Enormes forcados de caras, enormes ajudas, coesão total e a força da tradição, fazem deste grupo uma referencia séria e indelével da arte de pegar toiros...
terça-feira, 31 de outubro de 2017
Destaques 2017- J. Moura Caetano..
Senhor de um toureio diferente, voltou a dar dimensão aos ferros compridos, esperando os toiros de praça a praça, ao mesmo tempo que lhes corrigia a investida durante a viagem, numa sorte só por si praticada.
Nos curtos, deu á emoção e temple a mais perfeita e maior dimensão destas palavras.
Apresentou cavalos novos.
Nas últimas 4 corridas da temporada ( Portalegre, Elvas, Évora e C. Pequeno) atingiu o top do seu toureio.
Na calma da sua brega viu~se a imagem do saber, e a raça de toureiro veio ao de cima, quando toureou com grandes figuras...
Não sei se irei á Golegã...
Tenho mais razões para não ir á Golegã, do que para ir...
Está á vista de toda a gente a extraordinária obra do Sr. Dr. José Maltez, ninguém a contesta e todos tecem naturalmente justos elogios, mas a tradicional Feira de S. Martinho globalizou-se, com o que isso tem de positivo, mas também de negativo, já que as estruturas básicas são as mesmas e a tradição esbateu-se nos modernismos que atentam contra as recordações do passado.
A Feira hoje já não é popular, e se é verdade que a qualidade dos equideos melhorou substancialmente, já em termos de equitação, a qualidade, o saber eo bom gosto foram sendo alterados em muitos casos, pela presunção "parvenue" dos alpinistas sociais, que enchem os alcatruzes da nora da vida, no movimento ascendente, nora essa que atravessa na horizontal todas as famílias. Lá diz o ditado : Não procures geração, porque encontrarás, puta, padre, paneleiro ou ladrão....
RAZÕES PRA NÃO IR À GOLEGÂ...
A "Água pé" e o abafado desapareceram quase por completo, dando lugar ás cervejolas, ao Whisky e mais recentemente ao Gin, que se bebe com tudo até com pepino. A Rainha mãe bebia diáriamente o seu gin sem nada dessas porcarias que lhe misturam hoje... mas era a Rainha Mãe...
As tascas que serviam dobrada, bacalhau com grão e uns frangos á cafreal ou no espeto de duvidosa qualidade, têm hoje como sucedâneos os grelhados de carne de Arouquesa, Alentejana, Mirandesa etc... ou então os porcos empalados cujo o tempero melhora com a poeira levantada pelos caminhantes e pelo perfume dos cagados dos cavalos...
A falta de sitíos para as pessoas se sentarem para descansar, é notória como aliás sempre foi, com a agravante de que agora há muito mais gente e os lugares são os mesmos, e ainda por cima muita malta nova perdeu o respeito pelos mais velhos e alapam-se ás cadeiras a beber, a dormir e por vezes a vomitar sem se lembrarem de dar os lugares ás senhoras e aos mais velhos, com problemas nas ancas, nos joelhos, nas costas e noutros sítios que não devem ser chamados para este assunto.
O cheiro da merda dos cavalos é pestilento, nada comparado com o cheiro quase agradável da merda antiga, do tempo em que os cavalos não eram alimentados com rações compostas.
As noites são infernais, com uma mistura de bebados e bebedas, a que se junta música em altos berros, flamengo foleiro, ténis de todas as marcas, camisolas de Rugby, umas T'shirt's de uso feminino descaídas que deixam o ombro á mostra, bem como uma alça do soutien, normalmente com laivos de sujidade da boa.
Actualmente já não se houve frases do genero: Apresenta-me a tua prima ou a tua amiga. Está quase tudo apresentado e a tutear-se, e muitos a comerem-se como se não houvesse amanhã..
Os urinois públicos são os mesmos mas com bichas maiores á porta e a urina a invadir todo o chão como se das cheias de Lisboa se tratasse. As das senhoras, não sei mas faço ideia....
Encontrar com quem falar de cavalos e equitação com propriedade e humildade é tão dificil como encontrar um "milho-rei" numa escamisada...
Os capotes Alentejanos que tinham as suas cores genuínas, foram adulterados por todas as cores. Só me falta ver os capotes com a marca á vista tipo "LACOSTE". Já há selas Azuis cueca, vermelhas e verdes...
Nas casas de comidas só há vinhos Alentejanos e do Douro, nada de vinhos ribatejanos...
As linguas Portuguesa, Alentejana, a Espanhola e mais tarde a Francesa, que se falavam na feira, deram origem a uma invasão de tantas outras linguas, que mais parece que a Golegã é uma "Torre de Babel"...
A Golegã de hoje é ao contrário; a malta nova é que sabe...
Antigamente, quando comecei a ir à Golegã éramos levados na paixão pelos cavalos e pela equitação, e depois bebíamos uns copos e por vezes havia brigas.
Hoje em dia é ao contrário, a malta nova vai à Golegã para beber uns copos às vezes brigam e vêm passar uns cavalos.
Mudam-se os tempos... mudam-se as vontades.
Também eu, nos meus tempos de jovem, apanhava na feira - além dos cavalos - grandes "cadelas", mas havia um aspecto marcante em relação aos dias de hoje, que se resumia no facto de estarem menos meninas na feira do que acontece agora, e ainda por cima, as que lá iam eram ponderadas, recatadas, discretas e virgens. Hoje não é assim, tirando as excepções que sempre confirmam a regra.
Como devem imaginar não sou puritano, falo disto por invejoca..
Oh pessoal, embebedem-se, beijem-se, mamem-se, andem à porrada, porque eu só falo disto porque a minha idade já não me permite essas loucuras, porque doutra maneira eu era o primeiro, certamente... assim não sei se irei este ano á Golegã, porque a feira tal como é hoje, pouco me diz...
Tauromaquia- História e curiosidades...
Tauromaquia - História e curiosidades
Amada por uns contestada por outros, a tauromaquia e a arte de tourear fazem parte de uma tradição bem portuguesa, não se vai aqui neste artigo criticar ou apoiar o que quer que esteja relacionado com ela, mas sim evocar essa tradição, assim como os locais onde se praticou e continua a praticar na cidade de Lisboa.
Na cultura da Península Ibérica, o chamado Circo de Termes, parece ter sido um local sagrado onde os celtiberos praticavam o sacrifício ritual dos touros. A estela de Clunia (pedra com esculturas em relevo), é a mais antiga representação do confronto de um guerreiro com um touro.
As representações taurinas de variadas fontes arqueológicas encontradas na Península Ibérica, tais como os vasos de Líria, as esculturas dos Berrões, a bicha de Balazote ou o touro de Mourão estão, quase sempre, relacionadas com as noções de força, bravura, poder, fecundidade e vida, que simbolizam o sentido ritual e sagrado que o touro ibérico teve na Península. O registo pictórico mais antigo da realização de espetáculos com touros remete à ilha de Creta (Knossos) e esta arte está presente em diferentes vestígios desde a antiguidade clássica, sendo conhecido o fresco da tourada no palácio de Cnossos, em Creta. O imperador romano Júlio César, durante a exibição do designado venatio (espetáculos nos anfiteatros onde os protagonistas eram animais selvagens), introduziu uma espécie de "tourada" onde cavaleiros da Tessália (antiga região administrativa da Grécia), perseguiam diversos touros dentro de uma arena, até os touros ficarem cansados o suficiente para serem segurados pelos cornos e depois executados. O uso de uma capa num confronto de capa e espada com um animal numa arena está registado pela primeira vez na época do imperador Cláudio. segunda-feira, 30 de outubro de 2017
Destaque 2017- J. R. Telles jr...
J. R. Telles jr teve em 2017 a melhor época da sua carreira
Nos compridos começou a melhoria, com mais risco e emoção, e nos curtos diminuiu as distancias a que fez as batidas, chegando muito mais ao público.
Conservando o sentido de lide que nasceu com ele, assim como o gancho para chegar ás bancadas, conseguiu uma época verdadeiramente notável..
Nos compridos começou a melhoria, com mais risco e emoção, e nos curtos diminuiu as distancias a que fez as batidas, chegando muito mais ao público.
Conservando o sentido de lide que nasceu com ele, assim como o gancho para chegar ás bancadas, conseguiu uma época verdadeiramente notável..
Destaque 2017- Soc. C. Pequeno...
C. Pequeno terminou a época em grande
Comemorar bem os 125 anos desta Praça era um desafio. A empresa começou por apostar no toureio apeado com figuras do País vizinho, e o público não respondeu com era esperado. Voltou depois ao registo da corrida á Portuguesa e encheu a praça.
É muito difícil gerir esta praça, porque os dectractores são muitos e manifestam-se por tudo, aliás como acontece em Madrid, Sevilha e na Monumental do México...
Comemorar bem os 125 anos desta Praça era um desafio. A empresa começou por apostar no toureio apeado com figuras do País vizinho, e o público não respondeu com era esperado. Voltou depois ao registo da corrida á Portuguesa e encheu a praça.
É muito difícil gerir esta praça, porque os dectractores são muitos e manifestam-se por tudo, aliás como acontece em Madrid, Sevilha e na Monumental do México...
Filosofando sobre a Golegã...
Filosofando sobre a Golegã
Há coisas que não dá para entender. Numa altura de crise não falta dinheiro para gastar na Golegã e custe o que costar todos vão mesmo não gostando de cavalos.
Alguma coisa de raro se passa, mas lá que isto não é normal e roça o absurdo, ninguém terá dúvidas.
Diz o dicionário : "absurdo = paradoxal, contraditório, sem razão, contra-senso.
Quando penso neste desvario a que estamos assistir, encontro-me entre o riso de Demócrito às lágrimas de Heráclito: “Demócrito e Heráclito”lembra Montaigne, “foram dois filósofos, o primeiro dos quais, achando vã e ridícula a condição humana, só saía em público com um semblante zombeteiro e risonho; Heráclito, sentindo piedade e compaixão por ser essa mesma a nossa condição , trazia o semblante continuamente entristecido, e os olhos carregados de lágrimas…” Por certo não faltam motivos para rir ou chorar, perante o que estamos a assistir.
Mas qual é a melhor atitude? O que vive o real, que não ri nem chora, não dá resposta á dúvida que nos assalta ao pensar no absurdo dos gastos supérfluos. Isso não quer dizer que sejamos contra cada um faz o que mais gosta desde que não interfira na vida dos outros, fazem a escolha que lhe aprouver, e essa escolha, logicamente, não tem que depender dos outros.. e eu faço a minha. Eu diria antes que ela nos constitui, nos permeia, com risos ou seriedade, risos e seriedade, que nos faz oscilar entre dois pólos, uns pendendo mais para o superfluo, outros mais para o real…
Resumindo, perante a loucura total, navegamos nem tanto ao mar, nem tanto à terra, pretendendo apenas, nesta exposição, dado o facto de que o tema é o mundo do cavalo, investir contra a grande e complexa questão irresolvida dos verdadeiros ou falsos apaixonados do cavalo, ou do suicídio, ou do masoquismo, ou sabe se lá de quê...
Há coisas que não dá para entender. Numa altura de crise não falta dinheiro para gastar na Golegã e custe o que costar todos vão mesmo não gostando de cavalos.
Alguma coisa de raro se passa, mas lá que isto não é normal e roça o absurdo, ninguém terá dúvidas.
Diz o dicionário : "absurdo = paradoxal, contraditório, sem razão, contra-senso.
Quando penso neste desvario a que estamos assistir, encontro-me entre o riso de Demócrito às lágrimas de Heráclito: “Demócrito e Heráclito”lembra Montaigne, “foram dois filósofos, o primeiro dos quais, achando vã e ridícula a condição humana, só saía em público com um semblante zombeteiro e risonho; Heráclito, sentindo piedade e compaixão por ser essa mesma a nossa condição , trazia o semblante continuamente entristecido, e os olhos carregados de lágrimas…” Por certo não faltam motivos para rir ou chorar, perante o que estamos a assistir.
Mas qual é a melhor atitude? O que vive o real, que não ri nem chora, não dá resposta á dúvida que nos assalta ao pensar no absurdo dos gastos supérfluos. Isso não quer dizer que sejamos contra cada um faz o que mais gosta desde que não interfira na vida dos outros, fazem a escolha que lhe aprouver, e essa escolha, logicamente, não tem que depender dos outros.. e eu faço a minha. Eu diria antes que ela nos constitui, nos permeia, com risos ou seriedade, risos e seriedade, que nos faz oscilar entre dois pólos, uns pendendo mais para o superfluo, outros mais para o real…
Resumindo, perante a loucura total, navegamos nem tanto ao mar, nem tanto à terra, pretendendo apenas, nesta exposição, dado o facto de que o tema é o mundo do cavalo, investir contra a grande e complexa questão irresolvida dos verdadeiros ou falsos apaixonados do cavalo, ou do suicídio, ou do masoquismo, ou sabe se lá de quê...
Crónica de Azambuja...
Uma corrida com coisas boas, mas longa, muito longa mesmo...
Os toiros da Herdade de Camarate não tinham problemas de maior exceptuando o que tocou a Soraia Costa. Para a lide apeada, os de Calejo Pires e de J. Ramalho cumpriram, o de J. Ramalho foi premiado com chamada á arena do ganadero...
RUI SALVADOR
A mesma entrega de sempre, numa lide com bons ferros.
L. ROUXINOL
Aqueceu as bancadas com um desempenho á altura dos seus pergaminhos.
Terminou com um de palmo, um par a duas mãos e m violino, excelentes, uma actuação bem conseguida...
ANA BATISTA
O seu toureio não cede a modernismos, antes privilegia a escolha de terrenos e distancias como demonstrou no sábado em Azambuja.
Nos curtos, vendo que o toiro se começava a rachar, toureou em curto deixando-se ver nos cites, dando assim ao toiro a lide exacta...
Mais uma tarde em que a sua classe ficou demonstrada, culminando uma época em pleno---
M. R. TELLES BASTOS
Tocou-lhe um manso e deu a este a lide certa, com brilho especial nos ferros a sesgo...
SORAIA COSTA
Tocou-lhe o pior toiro da corrida. Fez o que podia com algumas indecisões próprias da sua pouca experiência, mas terminou bem com um violino saído da sua capacidade de improviso...
M. DIAS GOMES
Que bem toureou este matador, e que segurança...
RUI JARDIM
Valente e desembaraçado, deixou no ar uma restea de esperança..
FORCADOS
Era a festa do grupo e foi bonito de ver tanta gente fardada transportando paixão..
Pegaram, Pedro Miguel Sousa, dobrando Fábio Nunes, Bruno Faróis, João Pedro Sousa, dobrando José Quitério, Humberto Maltez e Renato Pereira.
Os toiros da Herdade de Camarate não tinham problemas de maior exceptuando o que tocou a Soraia Costa. Para a lide apeada, os de Calejo Pires e de J. Ramalho cumpriram, o de J. Ramalho foi premiado com chamada á arena do ganadero...
RUI SALVADOR
A mesma entrega de sempre, numa lide com bons ferros.
L. ROUXINOL
Aqueceu as bancadas com um desempenho á altura dos seus pergaminhos.
Terminou com um de palmo, um par a duas mãos e m violino, excelentes, uma actuação bem conseguida...
ANA BATISTA
O seu toureio não cede a modernismos, antes privilegia a escolha de terrenos e distancias como demonstrou no sábado em Azambuja.
Nos curtos, vendo que o toiro se começava a rachar, toureou em curto deixando-se ver nos cites, dando assim ao toiro a lide exacta...
Mais uma tarde em que a sua classe ficou demonstrada, culminando uma época em pleno---
M. R. TELLES BASTOS
Tocou-lhe um manso e deu a este a lide certa, com brilho especial nos ferros a sesgo...
SORAIA COSTA
Tocou-lhe o pior toiro da corrida. Fez o que podia com algumas indecisões próprias da sua pouca experiência, mas terminou bem com um violino saído da sua capacidade de improviso...
M. DIAS GOMES
Que bem toureou este matador, e que segurança...
RUI JARDIM
Valente e desembaraçado, deixou no ar uma restea de esperança..
FORCADOS
Era a festa do grupo e foi bonito de ver tanta gente fardada transportando paixão..
Pegaram, Pedro Miguel Sousa, dobrando Fábio Nunes, Bruno Faróis, João Pedro Sousa, dobrando José Quitério, Humberto Maltez e Renato Pereira.
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