MANIFESTO DA DIRECÇÃO: Este blogue “www.sortesdegaiola.blogspot.com”, tem como objectivo primordial só noticiar, criticar ou elogiar, as situações que mais se distingam em corridas, ou os factos verdadeiramente importantes que digam respeito ao mundo dos toiros e do toureio, dos cavalos e da equitação, com total e absoluta liberdade de imprensa dos nossos amigos cronistas colaboradores.

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Filosofando sobre a Golegã...

Filosofando sobre a Golegã

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Há coisas que não dá para entender. Numa altura de crise não falta dinheiro para gastar na Golegã e custe o que costar todos vão mesmo não gostando de cavalos.

Alguma coisa de raro se passa, mas lá que isto não é normal e roça o absurdo, ninguém terá dúvidas.

Diz o dicionário : "absurdo = paradoxal, contraditório, sem razão, contra-senso.

Quando penso neste desvario a que estamos assistir, encontro-me entre o riso de Demócrito às lágrimas de Heráclito: “Demócrito e Heráclito”lembra Montaigne, “foram dois filósofos, o primeiro dos quais, achando vã e ridícula a condição humana, só saía em público com um semblante zombeteiro e risonho; Heráclito, sentindo piedade e compaixão por ser essa mesma a nossa condição , trazia o semblante continuamente entristecido, e os olhos carregados de lágrimas…” Por certo não faltam motivos para rir ou chorar, perante o que estamos a assistir.
Mas qual é a melhor atitude? O que vive o real, que não ri nem chora, não dá  resposta á dúvida que nos assalta ao pensar no absurdo dos gastos supérfluos.  Isso não quer dizer que sejamos contra cada um faz o que mais gosta desde que não interfira na vida dos outros, fazem a escolha que lhe aprouver, e essa escolha, logicamente, não tem que depender dos outros.. e eu faço a minha. Eu diria antes que ela nos constitui, nos permeia, com risos ou seriedade, risos e seriedade, que nos faz oscilar entre dois pólos, uns pendendo mais para o superfluo, outros mais para o real…

Resumindo, perante a loucura total, navegamos nem tanto ao mar, nem tanto à terra, pretendendo apenas, nesta exposição, dado o facto de que o tema é o mundo do cavalo, investir contra a grande e complexa questão  irresolvida dos verdadeiros ou falsos apaixonados do cavalo, ou do suicídio, ou do masoquismo, ou sabe se lá de quê...