Um site norte-americano fez uma lista das 10 palavras estrangeiras que mais falta fazem à língua inglesa. A palavra portuguesa “desenrascanço” é a que lidera.
“Bakku-shan” é a palavra usada pelos japoneses quando se querem referir a uma rapariga bonita, vista de costas.
“Nunchi” é outra das palavras escolhidas. É coreana e é usada para falar de alguém que fala sempre do assunto errado, um género de desbocado ou inconveniente.
“Tingo” é uma expressão usada na Ilha da Páscoa, Chile, e significa pedir emprestado a um amigo até o deixar sem nada.
A lista das “10 palavras estrangeiras mais fixes que a língua inglesa devia ter” é liderada pela palavra portuguesa “desenrascanço”. Esta é a expressão que, segundo os autores do site norte-americano, mais falta faz ao vocabulário Inglês.
O “desenrascanço“, segundo os norte-americanos
Depois de percorrer duas páginas com explicações das nove palavras estrangeiras mais fixes, chega-se ao número 1. Afalta da cedilha não importa para se perceber que estamos a falar do “desenrascanço”, tão típico da nossa cultura.
“Desenrascanço: a arte de encontrar a solução para um problema no último minuto, sem planeamento e sem meios”, explica o site dando como exemplo a célebre personagem de uma série de televisão MacGyver.
“O que é interessante sobre o desenrascanço – a palavra portuguesa para estas soluções de último minuto – é o que ela revela sobre essa cultura”. “Enquanto a maioria de nós [norte-americanos] crescemos sob o lema dos escuteiros ‘sempre preparados’, os portugueses fazem exactamente o contrário”, prosseguem os autores.
“Conseguir uma improvisação de última hora que, não se sabe bem como, mas funciona, é o que eles [portugueses] consideram como uma das aptidões mais valiosas: até a ensinam na universidade e nas forças armadas. Eles acreditam que esta capacidade tem sido a chave da sua sobrevivência durante séculos”.
“E não se ria: a uma dada altura eles conseguiram construir um império que se estendeu do Brasil às Filipinas” à custa do desenrascanço, sublinham os autores, terminando o texto:
“Que se lixe a preparação. Os portugueses têm o desenrascanco”, termina o artigo.