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terça-feira, 15 de dezembro de 2020

É Natal... Viva o bacalhau...

 Ganhou a alcunha de “fiel amigo” por ser um alimento que, por não se deteriorar, alimentava os pescadores nas longas jornadas do mar. Longe das marés, na cozinha dos portugueses durante a época natalícia, o bacalhau é também o amigo eterno.



No Natal, o bacalhau não é fingido, é genuíno e simples, serve-se cozido com batatas, couves e um tété (ovo) a acompanhar. Longe estão os falsos e sofisticados bacalhaus com natas, espiritual etc.
O bacalhau simplório e honesto da consoada, contrasta com a falsidade generalizada da época, quando os irmãos desavindos se juntam em casa dos pais e aparentam dar-se bem, quando os pais separados se encontram com os filhos e tentam passar a ideia de que se respeitam, etc. etc. etc...
Há ainda a considerar que no Natal, as crianças e os jovens querem parecer mais velhos, e os mais velhos querem parecer mais novos, enquanto o bacalhau não admite dúvidas, ou é "miúdo", ou é "corrente" ou é "graúdo".

Para os septuagenários como eu e não só, há inda que ter em conta que a Prof. Drª Amelia La Malfa, uma especialista  em nutrição, diz que o poder afrodisiaco do bacalhau e determinado pela presença de ácidos graxos ômega-3, e os efeitos de anti-oxidantes e anti-inflamatórios são uma espécie de elixir da juventude e, por conseguinte,  o bacalhau, segundo a Drª  Amélia, o bacalhau melhora a eficácia sexual.


Viva o BACALHAU