Gente diferente
José Broega (AP. MOITA)
Entrou para o AP MOITA no ano de 2003, fez o primeiro treino no dia 18 de janeiro e fardou-se a primeira vez no dia 23 de agosto desse mesmo ano. Tinha apenas 14 anos. A principio começou a fardar-me apenas nos juvenis e a primeira vez que pegou neste grupo de jovens foi no dia 13 maio na Azambuja, um novilho-toiro da ganaderia Veiga Teixeira à primeira tentativa, era cabo de juvenis o Ricardo Cabral. Nos primeiros anos de grupo nao teve muitas oportunidades nem para pegar nem para se fardar, na altura o grupo tinha muitos e bons forcados já consagrados, como Joao Cameijo, Luis fera, Ricardo cabral, Francisco Ilaco, Guilherme cameijo, Antonio peças, e foi com estes que com humildade foi aprendendo era então cabo o Helder Queiros que na altura foi apostando nele gradualmente.
No ano (2006) época da despedida de Helder Queiros, começou então a fardar-se e a pegar mais Em 2008 foi escolhido para cabo de juvenis tendo permanecido neste cargo apenas uma temporada, no ano de 2009 passou o testemunho a José Maria Bettencourt.
Dos 50 toiros que tem pegados ao longo de 10 temporadas há que destacar, o de Mexico em 11 de abril de 2010, o do Campo Pequeno em 14 maio de 2009, o de Almeirim em 21 de outubro de 2008 em que o toiro o pôs dentro das tabuas, o de alcacer do sal em 4 de outubro de 2009, o de almeirim em 26 de setembro de 2010 em que ganhou o trofeu da melhor pega.
Este é o Forcado Zé Broega o homem que está para além disso é muito mais.
No tempo em que acompanhei o AP MOITA, reparei sempre nas qualidades humanas do Broega. Moitense de alma e coração tornava-se notado por não se fazer notado, ao mesmo tempo que mostrava um equilibrio e um conceito de amizade notáveis. A maneira como se entregou a Nuno de Carvalho de forma discreta mas continua, após o acidente deste, é o reflexo do homem na sua máxima grandeza em humanismo e seriedade.
Ao Vê-lo no Campo Pequeno no meio da praça ao lado do amigo, fez-me pensar que vale a pena viver e conhecer gente desta grandeza.. No dia a dia da vida, onde o cinismo, o egoismo e falsidade imperam, ainda há quem não queira mais dos amigos que coisa nenhuma, e na minha opinião, a vida vista sem a grandeza de sentimentos, torna-se pouco mais que pó ou lama.
A forma permanente como o Broega sorri, mesmo nos momentos mais sérios, leva-me ao poeta que escreveu assim :
Esboça-se sempre um sorriso nos seus lábios
E os seus olhos ficam mais distantes,
Um novo sonho...
E, mais uma vez, o vejo cristalizar
Num ideal cintilante e puro,
Vendo-se mesmo num vago olhar
A força duma caminhada errante...
Pela Amizade..-
Se eu tivesse que escolher alguém para simbolo da Amizade, eu escolhia o Zé Broega.