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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Os partidos politicos derrotaram na Assembleia da República a proposta para que os independentes pudessem concorrer áo Parlamento...

Encontramos no Facebook um comentário do nosso colaborador António Cortesão a propósito do tema acima citado, que pela sua pertinência passamos a transcrever...



Venho por este meio expressar a minha opinião, que é contrária á apresentação de Grupos Independentes e não de Partidos para as Eleições Legislativas, porque na realidade os Grupos Independentes, não são mais que mini-partidos, que repudiam a terminologia de Partido, para se valerem de discursos demagogos anti-partidaristas. Até porque fomentam um complexo de superioridade, de que quem concorre como independente é mais do que quem concorre por um Partido, e isso não deixa de ser discriminação, só porque se apresenta uma fachada vanguardista anti-sistema. Concordo isso sim, que se possam formar Partidos para as Legislativas, que sempre se pode fazer, que na prática vai dar ao mesmo, mas evita o populismo que muitos pseudo-independentes anseiam. O discurso anti-sistema é dos mais contrários ao Estado Democrático, porque é necessário um sistema que salvaguarde os eleitores, e porque o contrário de sistema é precisamente o caos do abstractamente contra tudo e contra todos que não aproveita a ninguém, á excepção de quem promove esse tipo de discurso que se torna um profissional da provocação gratuita a quem, mal ou bem, tenta apresentar as soluções que lhe parecem as mais acertadas para a resolução de problemas concretos. Deve-se mudar o actual sistema para um bom sistema, mas tem sempre que haver sistema. Se querem formar Partidos para as eleições legislativas, tenham o valor de se assumir como tal, ou se só querem ser do contra admitam que são apenas uma malta falhada urbano-depressiva, a quem falta competência, organização e compromisso para formar um Partido com projectos que pretende realizar pela via democrática, e pretendem apenas ver o descarregar das suas frustrações, a ser televisionado, e obter 15 minutos de fama a vender uma imagem de vitimizado trabalhador politicamente consciente, quando não são nem uma coisa nem outra. Na minha opinião devem ser Partidos a concorrer ás Legislativas, para evitar palhaçadas de Partidos que dizem ser tudo menos Partidos, para fazerem uma campanha populista que se traduz em " Votem no nosso Partido, porque somos anti-Partidos!"
É obviamente impossível traçar uma linha que separe o que é um Partido do que é um Grupo, porque o Grupo assume na sua forma e nos objectivos ( ou deve assumir) a forma de um Partido, e um Partido é tal como o Grupo Independente, um conjunto de cidadãos politicamente activos que pretendem ver as suas propostas aprovadas democraticamente, para dessa forma tentar resolver os Problemas Políticos de Portugal. Além disso, a constituição de Grupos Ad Hoc, antes das eleições, para concorrerem á AR, vem perpetuar e inclusivé agravar um dos Problemas das Eleições Legislativas, que é a dificuldade de escrutínio por parte de todos os eleitores e órgãos de Comunicação Social, em relação aos candidatos a deputados, que cria a possibilidade de omitir falhas de competência, passados dúbios ou contradições dos candidatos, que neste caso, partem de um quase anonimato e tem a seu favor, o desconhecimento dos eleitores, que na realidade sabem muito pouco sobre eles. Em relação a este aspecto relembro o caso do Bloco de Esquerda, que teve quanto mais votos, quanto menos se sabia sobre eles. 
Concordo que se devam poder formar Partidos ( e pode-se) para as Eleições Legislativas, mas repudio a admissão de Grupos de Independentes, com essa terminologia e nos moldes em que pretendem concorrer, porque concorrem no mais fértil terreno para o Populismo, a omissão de factores politicamente decisivos antes das eleições, e a possibilidade de poderem esquivar-se durante toda a campanha a apresentar as suas propostas concretas, porque apresentam muito mais factores politicamente irrelevantes que podem focar durante a campanha, no sentido de granjear a simpatia e o consequente voto de eleitores por motivos alheios á sua competência política, baseados no Marketing Político, que nada traz de Positivo á resolução de problemas concretos.