A última vez que tinha conversado com este cavaleiro foi há quatro anos quando me desloquei á sua quinta, para fazer um trabalho da série que nessa época publiquei no jornal "FARPAS" intitulada " Craques ? Depois se verá..." Nessa altura fiquei com a ideia de que o Gilberto que conhecia desde que começou e que recebia lições de Mestre Humberto, era um jovem trabalhador e com uma formação Hípica igual á de tantos outros, baseada na intuição e no gosto pessoal.
Nestas duas últimas temporadas, notei, como todos notaram, uma enorme evolução no seu toureio e na sua equitação e consequentemente nasceu em mim a curiosidade de o ver trabalhar para entender a mudança que para todos é visivel. Desloquei-me a sua casa na semana passada, por lá passei o dia a vê-lo montar, a tourear uma vaca e a falar de cavalos e equitação.
Num País como o nosso, onde a cultura hípica não abunda - Em frança lê-se vários livros e depois aprede-se a montar, em Portugal lê-se qualquer coisa quando se deixa de montar - como a cultura hipica é no nosso País é fatela, foi uma surpresa encontrar um jovem cavaleiro com ideias fundamentadas que transportam conhecimentos. Não há muitos destes...
A equitação de trabalho de que é destacado praticante, no Gilberto, fez a ponte entre o comum e o saber os porquês.
Vi vários cavalos novos bons e bem apresentados, dos quais destaco um com o ferro João Diniz, mas vi acima de tudo um homem humilde preocupado em evolir aprendendo todos os dias, e tenho a certeza que esta época vai ser de confirmação.
Sorte Gilberto, e voltarei mais vezes para aprender contigo..
