O que dá gozo é ser do contra, e agora já há quem seja contra os lenços...
Ando há 50 anos a ouvir que os cavaleiros muitas vezes se penduravam nos forcados e embora muito menos vezes, o inverso também fosse verdadeiro. Parecia que quanto a este tema, todos estavam de acordo, mas afinal, pelo que tenho lido ultimamente, não é assim.
Em Portugal sempre foi habitual ser contra mesmo sem razão, como acontece em muitos Países latinos. Lembro-me a propósito da história que contam de um Mexicano a quem um amigo disse : "Há um novo governo". Respondeu então o tal da história sem saber quem eram os novos governantes : " Se há novo governo, sou contra..."
Conta a lenda que quando Viriato reuniu os seus guerreiros para decidirem lutar pela independência, a discussão foi tão grande, eram todos contra todos, que o velho pastor dos montes "Herminios" disse pela primeira vez esta frase que hoje é Corrente : "Este país não vai a lado nenhum ".
O novo regulamento não é bem o que se queria, mas para mim, o que é bonito no querer é sentirmo-nos subitamente incompletos sem a coisa que queriamos mas continuar a lutar pelo que acreditamos, não esquecendo que querer é mais forte que desejar.
Cada vez que ouço um demagogo a falar das fragilidades da "FESTA" sem nada fazer, fico revoltado, porque, se o o povoléu discorda é porque sente, mas os frustrados (pseudo iluminados ) fazem-no por recalques de não serem ouvidos, e reagindo numa fuga para a frente, ao facto de nada terem feito.
O Novo regulamento não é perfeito, mas a história dos lenços é moralizante e encurta certamente o tempo da corrida á Portuguesa. Tem vantagens e algumas inperfeições, como tudo que é criado, como por exemplo, o papel higiénico foi uma boa criação, mas tem como imperfeição nunca rasgar totalmente pelo picotado.