quarta-feira, 6 de setembro de 2017
Para o Grupo de Cuba- Á memória de P. Primo...
Diz o poema : "E quando algum do nosso Grupo cai, ainda pior ainda sofremos mais..."
Faz-nos sentir, faz-nos pensar...
Muito pouco tenho a dizer neste triste momento que o vosso grupo atravessa, além de que vivo com vocês a vossa dor.
É difícil suportar a dor da despedida, principalmente quando a partida, é para nunca mais voltar, no entanto as recordações do passado vivido, e a certeza de um ideal têm que dar animo para continuar o sonho sonhado.
E no meio dum momento de exaltação da coragem, o PRIMO partiu sem se despedir; foi triste. Se houvesse uma despedida formal também era triste, este momento tem que ser encarado como uma separação como às vezes acontece quando uma pessoa se perde da outra, procura-a por um instante e depois tem que aderir a qualquer cordão de saudade e sofrimento como tábua de salvação. Talvez seja melhor para os amigos pensar que a última vez que se encontraram tudo era um estar feliz á procura da glória efémera — depois apenas aconteceu que não se vão encontrar mais. Vocês não se despediram, a vida é que os despediu, cada um para seu lado — com glória e seguindo um ideal.
Creio que será permitido guardarem uma leve tristeza, e também uma lembrança boa; e que houve momentos perfeitos que passaram, mas não se perderam, porque ficaram na vossa vida; que a lembrança deles vos faz sentir maior a vossa solidão mas ainda maior a vossa saudade.
Meu amigo José Horta, meus amigos dum grupo por quem tive sempre um carinho muito especial, se é verdade que a saudade é o que faz as coisas pararem no Tempo. lembrem-se disto : Um amigo está sempre perto de nós, não parte ...