Rafael Soto Moreno, nos cartéis Rafael de Paula, como as gentes da sua raça cigana, vê a amiga Lua na sua alma, onde a sombra nâo têm contornos.
O seu nascimento a 11 de Fevereiro de 1940, quando «Gallos de vidrio cantaban por Jerez de la Frontera» e «la media luna soñaba, un éxtasis de cigueña».O cigano quer ser toureiro e dá inicio á caminhada de glória com arte e emoçâo, com a graça e o duende dignos da sua raça.Tudo quanto leva dentro vai derramando nos «ruedos» num jogo mágico de telas e arte. A 9 de Setembro de 1960. Júlio Aparício concede-lhe a bitola de matador de touros, tendo como testemuho António Ordoñez, na praça de touros de Ronda, tendo sido lidados touros da ganadaria de Atanasio Fernandez. A fábula toureira de Rafael cativou cada vez mais os públicos que saboreavam o seu toureio de especial aroma. A inspiraçâo emerge quando vem com «ganas». As actuaçôes sâo desiguais...entre o genial e o fracasso. Sâo os grandes contrastes do toureiro «calé».
«Este es Rafael de Paula, y por algo lo dicen»!
MOITA DA CRUZ