Á falta de foto do nosso amigo... |
de debates com “anti-touradas”. Não pelo que representa, mas apenas
porque o gostava de partilhar consigo. Faça dele o que quiser.
Um abraço.
José do Carmo Reis
Os argumentos “contra-touradas”:
Confesso que após quase um ano de frequência em debates “Pró ou Contra Touradas”, pouco ou nada aprendi com o mesmo. Não queria! Aliás, nem precisava!
Por vezes interrogo-me se valerá a pena continuar a tentar, e discutir assuntos com quem nada pretende alterar na abordagem e/ou modo de pensar, mas que por outro lado se entende no direito de adjudicar aos outros toda uma “filosofia” em que se viram embrenhados, da qual não
conseguem compreender toda a extensão prática e que, acima de tudo, não sabem como aplicar. Por isso mesmo, deixo aqui os argumentos “Contra-Touradas”, não pelo que signifiquem “ipsis verbis”, mas pelo que escondem e representam:
- Irredutibilidade;
- Intransigência;
- Ilusão;
- Falta de Senso;
- Pusilanimidade e/ou Cobardia Intelectual;
- Concordância Irracional.
Irredutibilidade:
O discurso apresentado por quem se assume “contra-touradas” não se pode reduzir nem decompor mais. É o que é! Um circulo em si mesmo. Fechado, vão, sem sentido, e onde está vetado sob todas as formas a entrada ao raciocínio lógico. Seria inócuo, se não assentasse num
princípio de falsa abordagem do “problema” apresentado, elevando-o a termos tais que não poderá nunca ser simplificado, logo aplicado praticamente. “Amimais = Homens”! Contraria-se em si mesmo, e a irredutibilidade na abordagem apresentada implica, sempre, um impedimento de voltar ao “estado primitivo”, sendo que o “estado primitivo” referido é o do Homem enquanto tal, integrado e com plenos direitos em tudo quanto significa relações entre as espécies, e a inquestionável superioridade de umas sobre outras. Leis da Natureza, e tudo quanto estas implicam. "Chop… chop…"
Intransigência:
A intransigência, surge como a filha bastarda e não desejada da irredutibilidade apresentada pelos argumentos “contra”.
Se temos consciência plena que os argumentos apresentados não possuem todo o âmbito interventivo desejado, e que portanto não são transponíveis para a opinião publica generalizada, àqueles que permanecem fieis ao discurso, nada mais lhes resta, senão radicalizarem-se a eles próprios e ao arrazoado utilizado. Isto é facilmente constatável se atentarmos à intolerância mesmo entre os “contra-touradas” enquanto indivíduos pertencentes ao mesmo grupo, à falta de flexibilidade no que concerne a esgrimir argumentos entre eles e com os que se lhes opõem, e à incapacidade de adaptar e antecipar soluções. Tudo isto conduz e acaba por descambar inevitavelmente na rigidez atroz apresentada. Tanto na forma como no conteúdo, mesmo considerando as diferentes modalidades de oratória utilizadas.
Ilusão:
A ilusão é o combustível que alimenta a irredutibilidade e a intransigência. Não se estando plenamente consciente do erro cometido ao fazer uma apreciação disfuncional dos factos reais, cai-se numa falsa ideia que com tempo e terreno fértil em mentes fracas, se assume como uma crença que, em muitos casos, gesta até ao ponto em que o inevitável parto produz uma “religião”. Há uma fé inabalável e inquestionável que as coisas são assim porque são, e nada poderá afastar os fiéis da certeza inabalável de que estão correctos. Aqui reside um perigo que, muito embora se apresente camuflado de boa fé e boas intenções, se torna de toda a prudência estar alerta.
Percorremos a história e somos confrontados com as diferentes realidades, impostas às diferentes épocas, por manipulações mais ou menos conseguidas da parte dos diferentes “gestores” de credos, e que servindo-se da fraude e do logro, conseguiram manipular os incautos
fiéis. Até ao fanatismo e à cegueira intelectual! Ainda hoje assistimos a isso, e sabemos que religião e fundamentalismo, muito menos do que um casamento por amor, são antes amantes fogosos, ardentes, e comprometidos. Embora na rua finjam não se conhecer!
Falta de Senso:
A falta de senso é a “mão que embala o berço” onde repousam as crenças “contra-touradas”. É a ama tresloucada e bipolar que, incapaz de ajuizar correctamente os problemas e circunstâncias, ora bate, ora acaricia, enquanto que o do “berço” pretende, acima de tudo, sobreviver. Certos que possuem a faculdade de julgar, o que por si só significaria uma existência de senso, escolhem fazê-lo apenas baseados nas suas “convicções”, no seu “entendimento” da realidade, e nos “juízos de valor” que alvitram da sociedade enquanto um todo. Os indivíduos integrantes desta, em particular, são outro problema! Se é unanimemente considerado que a falta de senso anda de “mãos dadas” com a ausência de raciocínio, e acima de tudo com a falta de prudência,
convém aqui também analisar as diferentes faltas de senso, aplicadas aos diferentes níveis convencionalmente aceites do mesmo.
Falta de Senso Comum, que se traduz na negação e consequente incapacidade de aceitação daquilo que são as os conceitos emitidos e as opiniões geral e unanimemente aceites por uma maioria dos constituintes de uma determinada sociedade. Ainda que se invertam os papeis, aqui a premissa continuará a ser válida, pois e muito embora, as maiorias ditem o funcionamento do grupo, as minorias terão sempre de ser respeitadas. Quer dizer, convém não impor. Falta de sentido estético, aqui estamos num terreno dúbio e ambíguo. Por isso mesmo merece ser analisado.
Se a ausência de sentido estético se explica numa incapacidade de apreciar o que é belo, estarão, enquanto possuidores dessa condicionante, no direito de não gostar de touradas. É legítimo! Eu também não gosto de dança contemporânea, e por isso não vou assistir.
Falta de senso prático, que muito mais do que representar uma incapacidade de avaliar a utilidade das coisas, representa neste caso, uma incompetência e uma total inabilidade de apontar aplicação, solução e destino ao sobejante, após a eventual conquista das pretensões “contra-touradas”.
Pusilanimidade e/ou Cobardia Intelectual.
Este tópico e o seguinte, são os carris na linha de “alta velocidade” sobre os quais desliza o “comboio” dos argumentos “contra-touradas”.
Tornam-se pateticamente actuais e previsíveis, se os analisarmos à luz dos últimos desenvolvimentos e acontecimentos. São infantilmente fáceis de examinar, e por isso estão bem visíveis aos olhos de todos.
Munidos apenas da leve e transportável bagagem de mão, proporcionada pelos argumentos aqui descritos, e quando confrontados, embarcam numa viajem nesse “comboio”. Alguns optam pela atitude pusilânime de permanecerem com o ânimo fraco, e timida e estrategicamente se retirarem do debate. Optam por permanecer numa estranha sonolência enquanto a duração do mesmo. Aguardam que alguém os leve ao destino!
Outros servem-se da cobardia intelectual para, durante a deslocação do grupo de carruagens atreladas, irem atirando o lixo do que consumiram aos transeuntes que encontrem à passagem. No entanto, permanece uma característica comum entre todos os passageiros que compartem a
viajem: - Deslealdade! Para com eles próprios, e para com os outros!
Concordância Irracional
Esta é de “lana-caprina”, e já foi dito que caminha lado a lado com a Pusilanimidade e a Cobardia Intelectual, como carris que seguem o mesmo destino sem no entanto se cruzarem. Uma não vive sem a presença da outra. Dissociadas tornam-se redundantes!
Faltando a capacidade argumentativa, proporcionada pela não presença de uma capacidade intelectual senão extraordinária, pelo menos suficiente, e pela falta de bom senso ou de qualquer outro dos tópicos neste texto analisados, opta-se pelo insulto, pela ofensa, pelo ultraje, não se argumenta e é-se desleal! Mas com a excepção de que se for “contra-touradas”, estará com certeza desculpado. Deriva de um embora camuflado, mais que evidente complexo de inferioridade, e da necessidade constrangedora de suportar em numero de indivíduos presentes, o deficit em argumentos e legitimidade dos mesmos.
Aceitam-se desta forma toda a “espécie” de intervenientes, independentemente da sua capacidade, legitimidade e cabimento em, e em detrimento da qualidade dos mesmos. O valor acrescentado que possam trazer? Não interessa! Pior?
Os cobardes intelectuais recebem sempre umas “pancadinhas nas costas” por parte dos “concordantes irracionais”, e a certeza de que, quem diz o que pensa, embora sejam disparates, será sempre um grande “Homem".
Confesso que após quase um ano de frequência em debates “Pró ou Contra Touradas”, pouco ou nada aprendi com o mesmo. Não queria! Aliás, nem precisava!
Por vezes interrogo-me se valerá a pena continuar a tentar, e discutir assuntos com quem nada pretende alterar na abordagem e/ou modo de pensar, mas que por outro lado se entende no direito de adjudicar aos outros toda uma “filosofia” em que se viram embrenhados, da qual não
conseguem compreender toda a extensão prática e que, acima de tudo, não sabem como aplicar. Por isso mesmo, deixo aqui os argumentos “Contra-Touradas”, não pelo que signifiquem “ipsis verbis”, mas pelo que escondem e representam:
- Irredutibilidade;
- Intransigência;
- Ilusão;
- Falta de Senso;
- Pusilanimidade e/ou Cobardia Intelectual;
- Concordância Irracional.
Irredutibilidade:
O discurso apresentado por quem se assume “contra-touradas” não se pode reduzir nem decompor mais. É o que é! Um circulo em si mesmo. Fechado, vão, sem sentido, e onde está vetado sob todas as formas a entrada ao raciocínio lógico. Seria inócuo, se não assentasse num
princípio de falsa abordagem do “problema” apresentado, elevando-o a termos tais que não poderá nunca ser simplificado, logo aplicado praticamente. “Amimais = Homens”! Contraria-se em si mesmo, e a irredutibilidade na abordagem apresentada implica, sempre, um impedimento de voltar ao “estado primitivo”, sendo que o “estado primitivo” referido é o do Homem enquanto tal, integrado e com plenos direitos em tudo quanto significa relações entre as espécies, e a inquestionável superioridade de umas sobre outras. Leis da Natureza, e tudo quanto estas implicam. "Chop… chop…"
Intransigência:
A intransigência, surge como a filha bastarda e não desejada da irredutibilidade apresentada pelos argumentos “contra”.
Se temos consciência plena que os argumentos apresentados não possuem todo o âmbito interventivo desejado, e que portanto não são transponíveis para a opinião publica generalizada, àqueles que permanecem fieis ao discurso, nada mais lhes resta, senão radicalizarem-se a eles próprios e ao arrazoado utilizado. Isto é facilmente constatável se atentarmos à intolerância mesmo entre os “contra-touradas” enquanto indivíduos pertencentes ao mesmo grupo, à falta de flexibilidade no que concerne a esgrimir argumentos entre eles e com os que se lhes opõem, e à incapacidade de adaptar e antecipar soluções. Tudo isto conduz e acaba por descambar inevitavelmente na rigidez atroz apresentada. Tanto na forma como no conteúdo, mesmo considerando as diferentes modalidades de oratória utilizadas.
Ilusão:
A ilusão é o combustível que alimenta a irredutibilidade e a intransigência. Não se estando plenamente consciente do erro cometido ao fazer uma apreciação disfuncional dos factos reais, cai-se numa falsa ideia que com tempo e terreno fértil em mentes fracas, se assume como uma crença que, em muitos casos, gesta até ao ponto em que o inevitável parto produz uma “religião”. Há uma fé inabalável e inquestionável que as coisas são assim porque são, e nada poderá afastar os fiéis da certeza inabalável de que estão correctos. Aqui reside um perigo que, muito embora se apresente camuflado de boa fé e boas intenções, se torna de toda a prudência estar alerta.
Percorremos a história e somos confrontados com as diferentes realidades, impostas às diferentes épocas, por manipulações mais ou menos conseguidas da parte dos diferentes “gestores” de credos, e que servindo-se da fraude e do logro, conseguiram manipular os incautos
fiéis. Até ao fanatismo e à cegueira intelectual! Ainda hoje assistimos a isso, e sabemos que religião e fundamentalismo, muito menos do que um casamento por amor, são antes amantes fogosos, ardentes, e comprometidos. Embora na rua finjam não se conhecer!
Falta de Senso:
A falta de senso é a “mão que embala o berço” onde repousam as crenças “contra-touradas”. É a ama tresloucada e bipolar que, incapaz de ajuizar correctamente os problemas e circunstâncias, ora bate, ora acaricia, enquanto que o do “berço” pretende, acima de tudo, sobreviver. Certos que possuem a faculdade de julgar, o que por si só significaria uma existência de senso, escolhem fazê-lo apenas baseados nas suas “convicções”, no seu “entendimento” da realidade, e nos “juízos de valor” que alvitram da sociedade enquanto um todo. Os indivíduos integrantes desta, em particular, são outro problema! Se é unanimemente considerado que a falta de senso anda de “mãos dadas” com a ausência de raciocínio, e acima de tudo com a falta de prudência,
convém aqui também analisar as diferentes faltas de senso, aplicadas aos diferentes níveis convencionalmente aceites do mesmo.
Falta de Senso Comum, que se traduz na negação e consequente incapacidade de aceitação daquilo que são as os conceitos emitidos e as opiniões geral e unanimemente aceites por uma maioria dos constituintes de uma determinada sociedade. Ainda que se invertam os papeis, aqui a premissa continuará a ser válida, pois e muito embora, as maiorias ditem o funcionamento do grupo, as minorias terão sempre de ser respeitadas. Quer dizer, convém não impor. Falta de sentido estético, aqui estamos num terreno dúbio e ambíguo. Por isso mesmo merece ser analisado.
Se a ausência de sentido estético se explica numa incapacidade de apreciar o que é belo, estarão, enquanto possuidores dessa condicionante, no direito de não gostar de touradas. É legítimo! Eu também não gosto de dança contemporânea, e por isso não vou assistir.
Falta de senso prático, que muito mais do que representar uma incapacidade de avaliar a utilidade das coisas, representa neste caso, uma incompetência e uma total inabilidade de apontar aplicação, solução e destino ao sobejante, após a eventual conquista das pretensões “contra-touradas”.
Pusilanimidade e/ou Cobardia Intelectual.
Este tópico e o seguinte, são os carris na linha de “alta velocidade” sobre os quais desliza o “comboio” dos argumentos “contra-touradas”.
Tornam-se pateticamente actuais e previsíveis, se os analisarmos à luz dos últimos desenvolvimentos e acontecimentos. São infantilmente fáceis de examinar, e por isso estão bem visíveis aos olhos de todos.
Munidos apenas da leve e transportável bagagem de mão, proporcionada pelos argumentos aqui descritos, e quando confrontados, embarcam numa viajem nesse “comboio”. Alguns optam pela atitude pusilânime de permanecerem com o ânimo fraco, e timida e estrategicamente se retirarem do debate. Optam por permanecer numa estranha sonolência enquanto a duração do mesmo. Aguardam que alguém os leve ao destino!
Outros servem-se da cobardia intelectual para, durante a deslocação do grupo de carruagens atreladas, irem atirando o lixo do que consumiram aos transeuntes que encontrem à passagem. No entanto, permanece uma característica comum entre todos os passageiros que compartem a
viajem: - Deslealdade! Para com eles próprios, e para com os outros!
Concordância Irracional
Esta é de “lana-caprina”, e já foi dito que caminha lado a lado com a Pusilanimidade e a Cobardia Intelectual, como carris que seguem o mesmo destino sem no entanto se cruzarem. Uma não vive sem a presença da outra. Dissociadas tornam-se redundantes!
Faltando a capacidade argumentativa, proporcionada pela não presença de uma capacidade intelectual senão extraordinária, pelo menos suficiente, e pela falta de bom senso ou de qualquer outro dos tópicos neste texto analisados, opta-se pelo insulto, pela ofensa, pelo ultraje, não se argumenta e é-se desleal! Mas com a excepção de que se for “contra-touradas”, estará com certeza desculpado. Deriva de um embora camuflado, mais que evidente complexo de inferioridade, e da necessidade constrangedora de suportar em numero de indivíduos presentes, o deficit em argumentos e legitimidade dos mesmos.
Aceitam-se desta forma toda a “espécie” de intervenientes, independentemente da sua capacidade, legitimidade e cabimento em, e em detrimento da qualidade dos mesmos. O valor acrescentado que possam trazer? Não interessa! Pior?
Os cobardes intelectuais recebem sempre umas “pancadinhas nas costas” por parte dos “concordantes irracionais”, e a certeza de que, quem diz o que pensa, embora sejam disparates, será sempre um grande “Homem".