A GOLEGÃ tem futuro ???
A golegã tem efectivamente futuro.
Aqueles que sempre foram á feira de S. Martinho continuam a ir, e muitos há que tomaram o gosto mais recentemente e que aderiram á tradição de forma incondicional.
Os estrangeiros são cada vez em maior numero, tornando o certame mais cosmopolita, com o que isso tem de positivo, e esses que se deslocam de outros países são mesmo apaixonados do cavalo.
O maior problema reside na falta de espaço, que na minha opinião se poderia resolver com a abertura de um novo espaço que poderia ser perto do "Equuspolis", espaço esse com outro tipo de atrações, um espaço, digamos assim "LIGHT", onde se passeasse a cavalo com indumentárias mais á balda, a que se juntariam as "Boites" e bares de música ao vivo criando assim o ambiente dos festivais de música do Verão (Paredes de Coura e Zambujeira do Mar por exemplo...) e que arrastaria mais jovens e assim se descongestionava o largo do Arneiro.
A barafunda, e porque não dizer, a balda de trajes, arreios e etc., descaracteriza e abandalha o espirito da Golegã..
Alguém me explica o que fazem e o que têm que ver com a feira as "maratonas" puxadas por cavalos ???
ALGO TEM QUE MUDAR...
A tradição familiar da Golegâ é uma garantia de futuro...
Familia Bastinhas... |
Familia M. Jorge de Nave de Haver... |
Ver na Feira avós pais e netos, dá-nos a segurança de que tudo vai continuar. Esta foto do meu especial amigo Manuel André Jorge (Manuel Jorge de Nave de Haver) tirada este ano com o genro e os netos vestidos a rigor, é o exemplo vivo do que é cultivar a tradição, que neste caso se torna mais significativo por se tratar de um Beirão.
Jorge Ortigão com o Filho Luís... |
Francisco Cortes e os filhos... |
Dá-me alegria ver outras gerações a levarem os filhos mais novos á feira como foi o caso do Francisco Cortes, eu que me lembro de quando ele acompanhava o pai com a idade que hoje têm os filhos, criando nos miúdos o gosto e o respeito pela tradição, quase como se de uma religião se tratasse...
Esta paixão que muitos têm pela GOLEGÃ, assenta sobremaneira no convivio entre amigos que gostam de cavalos, e não devemos esquecer a função humanista desse local mítico, onde tantas vezes fizeram as pases amigos desavindos...
Para mim, houve sempre casas a bem dizer quase sagradas, onde sempre sobressaiu a do meu amigo Mnecas por onde passam sempre as figuras Portuguesas, Espanholas e Francesas do mundo do cavalo, e onde toda a gente se sente como em casa. tal é o bem receber beirão da familia "JORGE"...
A juntar a este espaço há as casetas da Familia Ortigão Costa e do dr. Filipe Graciosa, onde me sinto como em casa...