Conheço a SENHORA Dª Isabel Palha de Figueiredo desde há muitos anos, e ao longo desse tempo alicercei com ela uma forte amizade, que veio a criar laços ainda mais fortes depois desta Senhora ter contraído matrimónio com o meu especial amigo Dr. Filipe Figueiredo ( Graciosa).
Toda a minha amizade neste caso concreto, sustenta-se - além da formação moral e cívica da pessoa em causa - no seu amor á tradição, ás coisas do campo, ao cavalo, aos toiros, ao bem receber, á preocupação constante com o bem estar dos que a rodeiam sem excepção, á cultura gastronómica Portuguesa, mergulhando tudo isto numa Portugalidade indomável.
Vê-la montar na Golegã de forma tradicional ou á Amazona sempre com a figura correcta, e a forma como se apresenta, é só o reflexo da sua paixão pelo cavalo que se vê melhor nas maneiras como limpa, lava e arreia as suas montadas em casa, antes e depois de as trabalhar.
O seu conhecimento da equitação, do cavalo, da equitação e do toiro, são maiores que a sua humildade que é imensa, e nunca por nunca ser se refere desrespeitosamente a cavaleiros ou toureiros menos aptos.
A sua magia na cozinha, leva aqueles que recebe em sua casa aos cheiros e sabores que Eça de Queirós tão bem descreve na sua obra.
A energia desta SENHORA, permite-lhe ser mãe, esposa, dona de casa, amiga de eleição, cavaleira de talento e sabedora, sem que nenhuma destas missões seja subalternizadas.
Chegámos a tourear juntos a cavalo, e desse tempo só guardo o ridiculo da minha figura e o seu talento para arte de tourear a cavalo, como guardo também o facto de ter sido ela a vulgarizar a saia calça no traje á Portuguesa. com o que isso tem de positivo para a preservação da nossa cultura.
A minha amiga e SENHORA Dª Isabel, é hoje um ícone da Golegã e de tudo o que diz ao Portugal de outras eras, e por ser assim, escrevi este pobre texto, contra a sua vontade, "PR'A QUE A TERRA NÂO ESQUEÇA..."
