Respeitado Publicista e Critico Tauromáquico Miguel
Alvarenga,
Quando temos a sorte de ter nascido filhos de
cavalheiros estimáveis, e a todos os títulos, bem educados, acompanha-nos esta
maldita preocupação de nunca esquecer aqueles que respeitamos de longa data.
E também a de sermos gratos para com aqueles a quem devemos favores, ou de cuja munificência
é lícito vir a esperá-los.
Felicito-te pela maestria superabundante com que,
na tua crónica sobre a Corrida Real de Salvaterra de Magos, observaste a regra que acabo de mencionar. Designadamente
no que respeitava aos nossos comuns amigos
Viilhais e Rogério Amaro, dois dos pilhares
da Festa Brava em Portugal
Bem hajas pela Justiça!
Mas esse
louvável desiderato de agradar pareceu-me um bocadinho exagerado quando
escreveste que o Senhor Dom Duarte desceu
ao redondel para entregar prémios, acompanhado por alguns membros do staff. monárquico
Compreendemos a tua tão simpática vontade de nos
honrar com uma pertença a um corpo de que regiamente nos orgulharíamos, caso correspondesse
à verdade.
Mas a amizade aqui traiu-te.
Nem o Senhor Marquês de Rio Maior, com os seus 87
anos, nem o signatário, com os seus 70, têm, infelizmente idade para fazer
parte de um staff tão jovem e dinâmico como é o de SAR o Duque . Juntos somaríamos
quase 170 anos ficando menos deslocados na imaginária Última Corrida Real em Salvaterra,
do igualmente talentoso e imaginativo Rebelo da Silva,
Com idade para isso estava a Senhora Dona Isabel,
Duquesa de Bragança, cuja presença omitiste, a justo título, considerando, talvez, embaraçoso incluí-La no
staff.
Fico-te imensamente grato pela promoção que tanto
me honraria, caso correspondesse à realidade
Real
Um abraço agradecido, de um amigo que herdaste do senhor teu Pai
Manuel Lamas de Mendonça