Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades...
Como dizia Eça: "Quem não admirará os progressos deste século ???!!!".
Quanto ao passado, não restam saudades da voz rouca e ronfenha dos altifalantes da época, nem os xailes sobre a cabeça das mulheres do povo, nem da´água - pé mal cosida, nem das pilecas (que as havia...), nem das conversas contra o governo que á época eram impossiveis, nem da lama em dias de chuva e nem da falta de tudo que a civilização aportou nas últimas épocas,
Hoje as conversas puras e entendidas sobre os cavalos como individuos e a sua linhagem, foram substituidas pela retórica patega, a água-pé pela cerveja Whisky e gin (pra já não falar dos shot's...), o convivio salutar deu lugar a arremedos de elitismos em todas as classes sociais, o fandango e o fado deram lugar ao flamengo, os coiratos e o polvo seco aos hamburger's pizas, o frango no espeto por porco encavado, o beber por prazer transformou-se na obrigação de se embebedar, e em função de tudo isto assiste-se a uma peregrinação de jovens ã Golegã, sem Deus ou Santo para adorar, numa manifestação anárquica á qual o cavalo passa ao lado.
Antigamente íam á feira todos os amantes do cavalo e havia cavaleiros trajados a rigor e mulheres bonitas e bem vestidas, hoje vai toda a gente quer goste ou não de cavalos...
Com tudo isto com que não me identifico, irei um dia á Golegã para manter a tradição e a meu jeito me refazer de Portuguesismo.
Como dizia Eça de Queirós : Quem não admirará os progressos deste século ???!!!"