sábado, 31 de março de 2018
sexta-feira, 30 de março de 2018
quinta-feira, 29 de março de 2018
Brilhante artigo do Dr. António Barreto...
Com a devida vénia publicamos este notável artigo do Dr. António Barreto, com o qual estamos plenamente de acordo...
ANTÓNIO BARRETO
É simplesmente desmoralizante. Ver e ouvir os serviços de notícias das três ou quatro estações de televisão é pena capital. A banalidade reina. O lugar-comum impera. A linguagem é automática. A preguiça é virtude. O tosco é arte. A brutalidade passa por emoção. A vulgaridade é sinal de verdade. A boçalidade é prova do que é genuíno. A submissão ao poder e aos partidos é democracia. A falta de cultura e de inteligência é isenção profissional.
Os serviços de notícias de uma hora ou hora e meia, às vezes duas, quase únicos no mundo, são assim porque não se pode gastar dinheiro, não se quer ou não sabe trabalhar na redacção, porque não há quem estude nem quem pense. Os alinhamentos são idênticos de canal para canal. Quem marca a agenda dos noticiários são os partidos, os ministros e os treinadores de futebol. Quem estabelece os horários são as conferências de imprensa, as inaugurações, as visitas de ministros e os jogadores de futebol.
Os directos excitantes, sem matéria de excitação, são a jóia de qualquer serviço. Por tudo e nada, sai um directo. Figurão no aeroporto, comboio atrasado, treinador de futebol maldisposto, incêndio numa floresta, assassinato de criança e acidente com camião: sai um directo, com jornalista aprendiz a falar como se estivesse no meio da guerra civil, a fim de dar emoção e fazer humano.
Jornalistas em directo gaguejam palavreado sobre qualquer assunto: importante e humano é o directo, não editado, não pensado, não trabalhado, inculto, mal dito, mal soletrado, mal organizado, inútil, vago e vazio, mas sempre dito de um só fôlego para dar emoção! Repetem-se quilómetros de filme e horas de conversa tosca sobre incêndios de florestas e futebol. É o reino da preguiça e da estupidez.
É absoluto o desprezo por tudo quanto é estrangeiro, a não ser que haja muitos mortos e algum terrorismo pelo caminho. As questões políticas internacionais quase não existem ou são despejadas no fim. Outras, incluindo científicas e artísticas, são esquecidas. Quase não hácomentadores isentos, ou especialistas competentes, mas há partidários fixos e políticos no activo, autarcas, deputados, o que for, incluindo políticos na reserva, políticos na espera e candidatos a qualquer coisa! Cultura? Será o ministro da dita. Ciência? Vai ser o secretário de Estado respectivo. Arte? Um director-geral chega.
Repetem-se as cenas pungentes, com lágrima de mãe, choro de criança, esgares de pai e tremores de voz de toda a gente. Não há respeito pela privacidade. Não há decoro nem pudor. Tudo em nome da informação em directo. Tudo supostamente por uma informação humanizada, quando o que se faz é puramente selvagem e predador. Assassinatos de familiares, raptos de crianças e mulheres, infanticídios, uxoricídios e outros homicídios ocupam horas de serviços.
A falta de critério profissional, inteligente e culto é proverbial. Qualquer tema importante, assunto de relevo ou notícia interessante pode ser interrompido por um treinador que fala, um jogador que chega, um futebolista que rosna ou um adepto que divaga.
Procuram-se presidentes e ministros nos corredores dos palácios, à entrada de tascas, à saída de reuniões e à porta de inaugurações. Dá-se a palavra passivamente a tudo quanto parece ter poder, ministro de preferência, responsável partidário a seguir. Os partidos fazem as notícias, quase as lêem e comentam-nas. Um pequeno partido de menos de 10% comanda canais e serviços de notícias.
A concepção do pluralismo é de uma total indigência: se uma notícia for comentada por cinco ou seis representantes dos partidos, há pluralismo! O mesmo pode repetir-se três ou quatro vezes no mesmo serviço de notícias! É o pluralismo dos papagaios no seu melhor!
Uma consolação: nisto, governos e partidos parecem-se uns com os outros. Como os canais de televisão.
Vale a pena ouvir...
Sempre que morre um grande amigo meu - como aconteceu agora Com Luc Jalabert-, tenho que ouvir esta música várias vezes.
Se a ouvirem entenderão porquê...
quarta-feira, 28 de março de 2018
Forcados- Ética, coação e cagaço...
Ética, coação e cagaço - Forcados...
Legalidade, ética, coação e cagaço....
LEGALIDADE E ÉTICA - A legalidade sem ética fica castrada. Legalidade é um atributo jurídico de qualquer ato humano ou pessoa jurídica que indica se é ou não contrário à lei, se está ou não dentro do permitido pelo sistema jurídico, seja expressamente ou implicitamente, enquanto que a ética está relacionada á cultura, aos costumes e é intrínseca de cada sociedade, ou seja, cada uma tem seus próprios referenciais de moral, e a ética é a moralidade que está relacionada ao cumprimento destas regras morais ( não mentir, não trair, não abusar dos mais fracos... etc). A legalidade relaciona ao que é definido em lei (legal) que muitas vezes não coincide com o que é moral ou ético!!! por isso ouvimos algumas vezes "é legal, mas é imoral".
ABUSO DE PODER - É o acto ou efeito de impôr a vontade de um sobre a de outro, tendo por base o exercício do poder, mesmo considerando as leis vigentes. O abuso de poder pode se dar em diversos níveis de poder, desde o doméstico entre os membros de uma mesma família, até aos níveis mais abrangentes. O poder exercido pode ser o económico, político ou qualquer outra forma a partir da qual um indivíduo ou coletividade têm influência directa sobre outros. O abuso caracteriza-se pelo uso legal mas coercivo deste poder para atingir um determinado fim. O expoente máximo do abuso do poder é a submissão de outrem.
COAÇÂO - É o exigir com ameaças de modo a provocar medo, constrangimento ou inquietação, de modo a limitar a liberdade de determinação da vítima.
Assim, para haver coação, não basta qualquer ameaça que inflija temor à vítima. A mera pressão psicológica não é uma coação criminosa, mas a ameaça tem de ser condenada pela sociedade por constrangir a vontade da vítima.
CAGAÇO - (medo, desvalor, comoção)..., é muitas vezes o resultado da coação que resulta do abuso de poder.
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Pelo exposto, é fácil concluir que, a ética, o abuso de poder, a coação e o cagaço, estão presentes na imposição de a ANGF vetar os grupos não associados.
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Assim vai a nossa FESTA !!!
NOTA : Podem afirmar que os actos resultam de decisões democráticas, mas atenção que a democracia só é válida quando não interfere com a liberdade dos outros...
Carta a Horácio Lopes amigo de Luc Jalabert...
Não é feio um homem chorar porque ao chorar mostra-se de forma espontânea os sentimentos que vivem na nossa alma
Chorar é lavar a alma por algum motivo que nos entristece ou alegra em demasia.
Chorar é a mais divina das expressões:"inunda os olhos, enquanto a dor corre cálida pela cara, e morre na boca com gosto de sal, aliviando o coração" como escreveu Fátima Duarte.
Depois de te dar a noticia da morte do nosso amigo Luc, tive vontade de te dizer mil coisas (coisas simples como morreu um enorme amigo), não disse nada. Fiquei só e calado, fechando os olhos, vivendo a noite no dia, silenciando toda uma vida de amizade, enquanto esperava que tu me dissesses alguma coisa. Nada ouvi. Tu também, certamente, na ânsia de dizer mil coisas acabaste por não dizer nada. Ficaste a sós com a tua mudez deixando que por segundos ouvisse o teu soluçar, como tu certamente ouviste o meu.
Depois de desligar o telefone sem palavras, lembrei-me, de uma forma triste de tantos anos de amizade vivida de forma intensa, de que já nada mais resta que a saudade. Risos, viagens, jantares, corridas de toiros, dias á procura dum cavalo que lhe servisse, e o bem receber em sua casa nessa Camarga profunda. Coisas de sempre, coisas simples, porque o Luc era um homem simples.. Não direi mais nada, para não me arrepender de cada palavra não dita.
A vida continua, mas para ti Horácio e para mim, a partir de hoje passa a haver um vazio...
Um abraço amigo Horácio.. e aguenta-te..
João Cortesão
Chorar é lavar a alma por algum motivo que nos entristece ou alegra em demasia.
Chorar é a mais divina das expressões:"inunda os olhos, enquanto a dor corre cálida pela cara, e morre na boca com gosto de sal, aliviando o coração" como escreveu Fátima Duarte.
Depois de te dar a noticia da morte do nosso amigo Luc, tive vontade de te dizer mil coisas (coisas simples como morreu um enorme amigo), não disse nada. Fiquei só e calado, fechando os olhos, vivendo a noite no dia, silenciando toda uma vida de amizade, enquanto esperava que tu me dissesses alguma coisa. Nada ouvi. Tu também, certamente, na ânsia de dizer mil coisas acabaste por não dizer nada. Ficaste a sós com a tua mudez deixando que por segundos ouvisse o teu soluçar, como tu certamente ouviste o meu.
Depois de desligar o telefone sem palavras, lembrei-me, de uma forma triste de tantos anos de amizade vivida de forma intensa, de que já nada mais resta que a saudade. Risos, viagens, jantares, corridas de toiros, dias á procura dum cavalo que lhe servisse, e o bem receber em sua casa nessa Camarga profunda. Coisas de sempre, coisas simples, porque o Luc era um homem simples.. Não direi mais nada, para não me arrepender de cada palavra não dita.
A vida continua, mas para ti Horácio e para mim, a partir de hoje passa a haver um vazio...
Um abraço amigo Horácio.. e aguenta-te..
João Cortesão
Toiros- Gente diferente J. Rodrigues "Jójó"...
GENTE DIFERENTE
João Rodrigues ( JÓJÓ) - AP. Moita
Fardou-se pela primeira vez como forcado numa corrida de juvenis na Azambuja no dia de 13e Maio de 2003. Deu primeira ajudas ao Pedro Marques (Foca) e uma 3ª ao Luis Maltez. Voltou a fardar-se desta vez pelo Ap. Moita no dia 14 de Agosto desse mesmo ano no Sobral da Adiça, desde então poucas vezes mais se fardou durante essa época, esperou cerca de 2 anos por oportunidades, sempre de forma humilde.
Só no ano de 2005 começou a fardar-se com mais regularidade,sempre com a discrição e entrega que mantém ao longo dos anos.
Tem sido chamado mais para ajudar (1ªs, 2ªs, e 3ªs ajudas) e pegou 14 toiros, sendo que alguns foram dobras a companheiros.
O João Rodrigues é um homem que sobressai pela sua humildade, pela sua discrição e pela sua disponibilidade. Nunca o vi reinvindicar nada e em privado comporta-se com a dignidade e nobreza que só os homens de grande carácter têm.
A amizade tem para ele um valor inestimável e a honradez sobressai em cada momento da sua vida em que nunca se vangloria. Quantos sendo muito menos que ele, naturalmente falam de si próprios, recordando o que fizeram.
O AP. Moita está sempre acima de tudo, porque é um dado adquirido, que no seu pensamento está em primeiro lugar a instituição.
Um forcado que carimba só com valentia, discrição e amizade a sua forma de estar na "FESTA", é gente diferente que honra o seu grupo, os forcados de uma forma geral e o seu grupo de amigos onde me incluo.
terça-feira, 27 de março de 2018
Faleceu Luc Jalabert...
O meu querido amigo Luc, deixou-nos esta manhã para sempre
A história da minha amizade com Luc Jalabert e família, começando no Avô paterno, já a escrevi e publiquei num dos meus livros.
Hoje pela manhã quando recebi a noticia pelo comum amigo Fredy Porte, embora estivesse há já algum tempo á espera deste desenlace, fiquei siderado. Mais um dos meus maiores partiu.
A toda a família, em especial aos seus filhos Juan Batista e Lola e a seu irmão Marc, um grande, um enorme abraço...
Hoje pela manhã quando recebi a noticia pelo comum amigo Fredy Porte, embora estivesse há já algum tempo á espera deste desenlace, fiquei siderado. Mais um dos meus maiores partiu.
A toda a família, em especial aos seus filhos Juan Batista e Lola e a seu irmão Marc, um grande, um enorme abraço...
Ce matin nous nous réveillons avec cette triste nouvelle : Luc Jalabert est décédé.
Réjonéador bien connu au Portugal, il prit l'alternative à Campo Pequeno avec pour Parrain José Mestre Batista.
Apodérado de Ginès Cartagena, d'Andy Cartagena et de Ginès Cartagena junior
Apodérado de Ginès Cartagena, d'Andy Cartagena et de Ginès Cartagena junior
Ancien Directeur des Arènes d'Arles.
Le père de Juan Bautista est décédé cette nuit des suites d'une longue maladie.
Nous présentons à sa famille, à ses enfants Jean Baptiste et Lola à tous ses proches nos plus sincères condoléances.
DIP
Freddy PORTE
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