Hoje ao abrir o computador encontrei um post da minha amiga Paly Cid, em que esta recordava o passamento da Srª sua mãe. Nesse instante parei no tempo, e rebobinei o meu passado, a minha forma de ver os toureiros, os toiros, o campo, a politíca, o Ribatejo, a poesia e o fado, e facilmente concluí que a distancia que me separa da "Ti Mimela" é infinita, por manifesta falta de sensibilidade minha e atitude moral perante a vida..
Além da profunda amizade que nos uniu, a Ti Mimela ficará para sempre como a maior referência do sentir Ribatejano e poetisa do fado .
Juntou palavras sábias, juntou-lhes romantismo e escreveu:
"Ó vento, nos teus braços quero partir,
Ó sol, na tua luz desabrochar,
Romper a escuridão, voltar a rir,
Nascer mais uma vez e não chorar..."
Do maioral - figura mítica do Ribatejo- disse :
O poente bronzeava
A cor morena da terra
Eras um rei que voltava
Depois de ganhar uma guerra
E do seu (nosso País), sentidamente como premonição dos dias que vivemos, deixou ao tempo :
Ó meu País guerreiro e mareante,
Ó meu País de montes e trigais,
Descansa nos meus braços um instante
E diz-me por favor aonde vais !?
