A vaidade humana é incontrolável e se não for em exagero não tem mal algum, e mesmo que seja em exagero não vem por isso o mal ao mundo. Não há graus de vaidade, existem apenas graus de habilidade em disfarçá-la.
É bom tomar em atenção que afirmar não se ter vaidades é a maior de todas as vaidades, e quem só se entrega à vaidade e não se entrega ao pensamento, com o tempo invejará aqueles que se esforçam por estudar e pensar.
O que torna insuportável a vaidade dos outros é quando ela, colide com a nossa.
Quanto a vaidade estamos conversados, falemos agora de oportunismo.
Todo o mundo é oportunista, mas nem todos sabem sê-lo com oportunidade. Disse a filósofa Teresa Teth: O oportunista é um falso herói, engana os inocentes e a boa fé destrói.
Tendo em conta as colunas sociais, além da vaidade e do oportunismo temos ainda a considerar a promoção social.
Disse o Prof Agostinho da Silva : "Estar bem trajado é um hábito social; uma condição de promoção social; mas a quem não tem como suprema ambição a de ser promovido, bastar-lhe-á ser limpo. "
Vaidade, oportunismo e promoção social, são os motivos naturais para se gostar de aparecer nas colunas sociais, que promovem igualmente quem as fotografa, o que naturalmente não tem nada de negativo. O negativismo desta opção de gostar, ou tudo fazer para aparecer, está na obsessão doentia e na calibragem duma situação supérflua a que se dá importância demasiada, dando á vulgaridade tons ridículos…