Estes dois mundos são fascinantes e muito apetecíveis para quem é cioso de consideração pessoal, e ao mesmo tempo são mundos com extraordinária visibilidade e de fácil acesso.
Sempre foi assim, os mundos do Futebol e da Festa podem dar protagonismo àqueles que dele não fazendo parte integrante, podendo estes, deles tirar dividendos sociais se estiverem em determinados sítios. O que acabo de afirmar é uma constatação que atravessa transversalmente todos os quadrantes sociais, porque em todos os quadrantes sociais há gente bem, muito bem ou razoavelmente bem na vida que não é reconhecida socialmente como julga merecer.
Quando comecei a publicar fotos de pessoas conhecidas nas corridas e festas de cariz taurino ( hoje prática corrente, que pela minha parte abandonei, embora saiba que dá muitos "Likes"), previ o resultado, por ter a certeza de que a vaidade dá a sensação subliminar de que quem aparece é gente do alto, e se tiver uma máquina fotográfica á tiracolo ou um bloco de notas e respectiva esferográfica, ainda se julga mais, e se tiver cartão de trincheira está no céu... falamos, especificamente, da ilusão que é o resultado da vaidade que escraviza e individualiza o homem, cerrando as possibilidades de aperfeiçoamento e aprendizagem pessoais, indispensáveis à evolução espiritual e entendimento dos mundos desportivos ou taurinos em que estamos ou queremos estar inseridos. Muitos (as) vivem hoje num mundo cercado pelo imediatismo e o "faz de conta" da vida onde se ignora, muitas vezes aquilo que o circunda por parcial ignorância , ou seja, num mundo em que os valores morais são colocados em segundo plano pela necessidade exacerbada de protagonismo e sucesso do próprio eu.
Ser chefe do departamento de futebol nem que seja duma equipa da 3ª divisão distrital dá estatuto, e Presidente nem que seja dum clube de bairro... nem se fala.
Ser uma sombra ainda que esbatida, de um toureiro ou de um grupo de Forcados, dá estatuto, e se no Mundillo tens um blogue taurino ou és fotografo... então nem se fala.
É evidente que quando se busca protagonismo com humildade, daí não vem o mal ao mundo, o pior é o autoritarismo fútil, ou pior ainda a deprimente agressividade em registo insultuoso tipo peixeirada...
Cada um é como é. Também eu já passei por fases que acabo de retratar, mas depois li e fui com toda a humildade - para ser menos papalvo - aprendendo com quem sabia todo o pouco que sei hoje...