Tres cavaleiros com conceitos plenamente definidos, tiveram pela frente um curro bem apresentado de comportamento desigual ( havia toiros de dois sementais ), que proporcionou um espectáculo com momentos de grande emoção sobretudo no que tocou á forcadagem, ao mesmo tempo que, principalmente na 2ª parte, exigiu um toureio sem deslizes, daquele em que os cavaleiros têm que pôr á prova conhecimentos de terrenos e distâncias.
ANT: RIBEIRO TELLES
Esteve melhor no segundo que lidou que no primeiro. Esse primeiro que lidou tinha problemas, atravessava-se e nunca deixou perceber qual o melhor sitio para ser lidado, no entanto, O mestre esteve com a dignidade que é seu timbre.
No 2º, 4º da ordem, permitiu a A. R. Telles aproximar-se mas daquilo que pode, recordo-me do penúltimo curto que foi extraordinário…
RUI FERNANDES
Com um conceito diferente de toureio dos seus dois alterantes, desenvolveu duas excelentes actuações . A 1ª em crescendo, a 2ª muito mais redonda e variada. Bem montado, cravou ferros com batidas, umas mais cingidas que outras, bem medidas que levaram emoção ás bancadas.
Todos os anos este cavaleiro presenteia os aficionados com o aparecimento de cavalos novos com que isso tem de positivo para a FESTA e para os aficionados...
DUARTE PINTO
O 1º ferro comprido no1º que lidou foi extraordinário, e o 1º do 2º que lidou foi mas que extraordinário...
No seu primeiro teve uma lide que incompreensivelmente não foi premiada com música.
No 2º, último da corrida, mostrou a razão que leva a ser considerado figura e um dos melhores interpretes do toureio clássico.
Conduzir o cavalo como Duarte Pinto faz sempre só com uma mão, é uma regra bem antiga da equitação toureira hoje cada vez mais caída em desuso. Entrar recto com os toiros e não por linha paralelas é outro conceito raro nos dias de hoje… Por ter demonstrado desde as primeiras vezes que o vi estas preocupações no seus desempenhos, fez com que eu fosse dos primeiros a acreditar nele…
FORCADOS:
Montemor - Francisco Bissaia Barreto, ao primeiro intento, bem como João da Câmara, também ao primeiro intento. Ao segundo intento, pegou Francisco Borges com a garra e técnica que lhe são reconhecidas, com uma extraordinária primeira ajuda de Cortes Monteiro.
Vila Franca - David Moreira e Rui Godinho, à primeira tentativa e Francisco Faria, numa rija pega à terceira…,