Oh Miguel, ensinaste-a ladrar... agora morde...
O povo tem sempre razão, como o comprova o adágio popular que titúla esta crónica.
Trair um amigo meu, é pior que me trairem a mim. Saio sempre em defesa dos meus amigos, mesmo que mais tarde venha a chegar á conclusão que não merecem.
É evidente que os meus escritos, tal como os de todos que te acompanharam na aventura "Farpas", só deram notoriedade a quem os escreveu graças a ti.
Quem é que nos conhecia se não fosse o "farpas" e o Alvarenga ???
Reconhecer isto é elementar, e revolta aqueles que como nós, só conhecem a palavra traição, de vista ...
Várias vezes me chateei contigo á séria, sempre e exclusivamente pelos teus desordenamentos mentais, mas nunca me passou pela cabeça, sujar a água onde bebi, como nunca me veio á ideia fazer-te sombra.
Quando há meses me senti traído, escrevi, "Miguel, tem cuidado porque cesteiro que faz um cesto faz um cento". Infelizmente tinha razão.
Mal sabiam nadar, e já queriam atravessar o canal da Mancha como o célebre Batista Pereira. Como é evidente, morrerão afogados no mar revolto de ondas de vaidades bacoucas, de correntes de traições e de tempestades de ingratidões.
Eu gostava de ter sido forcado como o Comenda, cavaleiro como o António Teles ou como o Paulo Caetano, ou matador como Curro Romero, ou critico como tu ou como o Alfonso Navallon, mas não fui nem parecido, no entanto tenho pelos nomeados, respeito, amizade, gratidão e muita - ou por outra - total admiração.
Meu caro Miguel, caga no "mundotorito.come (mas pouco)". Essa gente ao não publicitar a tua festa está dar-te categoria, eles é que pensam que não...
