O inteligente

No começo do Séc. XIX era chamado para dirigir a tourada um aficionado de prestígio a que se chamava "Inteligente".
Assim, nos registos dessas épocas e já no Séc. XX, podemos verificar os convites para a Praça de Toiros de Santarém a Nuno Infante da Câmara, Eduardo Sequeira, José Maria Antunes, João Marcellino de Azevedo, Victorino Froes e outros excelentes aficionados, que não eram remunerados mas a quem a Empresa oferecia uma prenda.Mais tarde as nomeações passaram a ser feitas pela Direcção-Geral dos Espectáculos e ao "Inteligente" passou a denominar-se "Director da Corrida", que era em geral um antigo toureiro.
Presentemente essa nomeação é feita pela Inspecção-Geral das Actividades Culturais, tendo os candidatos de prestar determinadas provas relacionadas com o conhecimento do toureio em geral e com o Regulamento do Espectáculo Tauromáquico.
Desde a chegada dos toiros à Praça, coordenação do sorteio dos toiros, manutenção da ordem e orientação de todo o espectáculo, a responsabilidade é do "Director da Corrida" que é assessorado por um médico-veterinário e pelo comandante da polícia.
Nos meios tauromáquicos de Portugal o "Director da Corrida" continua hoje a ser conhecido por "Inteligente”.