Análise da institucionalizada Passagem de Ano
Aproximamo-nos a passos largos da passagem de ano 2012/2013. Já só falta um dia...
Para quase todos é uma festa para sonhar, vivida de várias maneiras consoante os gostos, as bolsas e os usos de cada um. O pior são depois as desilusões...
Nuns casos opta-se pelo convencional, no restaurante, casino ou clube privado, com fato e gravata e as senhoras com toillet a condizer.
As cabeleireiras, esteticistas, manicures, massagistas e depiladoras (neste caso não sei pr’a quê nesta altura do ano), nestes dias não têm mãos a medir, e beneficiam o melhor que podem imagens gastas pela voragem do tempo.
Alguns casais acabam a noite bem, com revisão da matéria dada, outros nem tanto porque, os excessos de comes e bebes (neste caso incidindo mais nos homens) e as ciumeiras, porque o homem olhou mais e falou mais com fulana, e a mulher fez o mesmo com sicrano, seu ex namorado, levam a discussões feias..
Quanto aos excessos de uso da mesa ou do bar, as consequências resultam fundamentalmente em flatulências várias, chibanços no carro ou em casa e desbragamento de linguagem.
Há que ter cuidado porque qualquer destes casos não é edificante, e arrasta o casal para um mau, péssimo ou mesmo horrível começo de ano.
Há ainda os que vão p’rá neve desfrutar dum frio do caraças, os que vão p’rá praia e não tomam banho, e os patuscos quiçá masoquistas, que mergulham no mar com a adrenalina da possível pneumoniazita.
A juventude quer é gozar, fazendo-se uns ás outras, outras aos uns, outros aos outros e outras ás outras, consoante a respectiva orientação sexual. Bebem tudo de esgalhão e alguns fumam uns charros.
Depois há aqueles que como eu, quase não ligam muito á passagem de ano, mas não deixam de jantar bem, com bons e velhos amigos, reduzindo a época Natalicia a comesainas. Nesta época sou como em quase tudo na minha vida, contestatário, não tenho árvore de Natal, nem presépio, nem Pais Natais enforcados nas varandas - até porque não tenho varandas -, nem luzinhas estendidas nos umbrais das portas, nem sininhos e coroasitas de verduras ou raminhos com bolinhas encarnadas ou douradas nas portas.
"Do ritual comum da passagem de ano, só alinho nas passas á meia noite e no bom espumante (não confundir com espumoso ou com chanpanhoca) que por tradição é a única e exclusiva bebida a que me entrego nessa noite".
Os toureiros brindam pela próxima época, e pelos cavalos novos que são muito bons no inverno, sofriveis na Primavera, mas que iniciada a época se chega á conclusão de que se tem de esperar mais um ano por eles.
Os empresários sonham com casas cheias.
Os grupos de Forcados não associados sonham com mais corridas enquanto esperam ser parte da "FESTA" como os outros.
Etc. ertc. etc. etc....
DESEJOS, DESEJOS e mais DESEJOS... , SONHOS, SONHOS e mais SONHOS... , e depois... talvez desilusões.