MANIFESTO DA DIRECÇÃO: Este blogue “www.sortesdegaiola.blogspot.com”, tem como objectivo primordial só noticiar, criticar ou elogiar, as situações que mais se distingam em corridas, ou os factos verdadeiramente importantes que digam respeito ao mundo dos toiros e do toureio, dos cavalos e da equitação, com total e absoluta liberdade de imprensa dos nossos amigos cronistas colaboradores.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

  Desejamos a todos Boas Festas

 










Sortesdegaiola e o Natal 







Natal 2012

È meu hábito há vários anos abordar o Natal, procurando chamar á atenção das hipocrisias que muitas vezes envolvem esta data.

Esta crónica foi escrita por mim há vários anos, e vejo-a mais actual que nunca, e foi por isso que resolvi voltar a publicá-la.

Não é uma visão negativa desta época - não sou um negativista, quem me conhece sabe bem que não o sou -, mas sim uma chamada para a realidade, na desmistificação desta época, e uma chamada de atenção para coisas muito mais importantes que vão para lá das prendinhas e do “se não nos virmos antes, um bom Natal”.

Não é por ser natal que eu e a maioria das pessoas, desejamos bem a quem nos fez ou faz mal, não é por ser Natal que há mais paz e amor.

O característico folclore natalício, de ordem consumista e de ordem gastronómica, que atravessa as comunidades cristã e ateia mergulha no paganismo mais puro, e por isso não me merece grande respeito.

A frase típica “se não nos virmos antes um bom Natal”, faz-me lembrar as palavras que soltam os caça níqueis em Espanha “soy um mono, abla comigo” totalmente despidas de coração, menos importantes que os sons dum bébé quando diz “gu-gu” “dá-dá”.

O poeta Silva Ferreira escreveu um poema que canta o meu querido amigo Xico Madureira, que reza assim:

Quando houver natal, eu aviso mãe.

Quando o natal vier eu aviso, mãe.

Quando o Natal for no verão

Porque o inverno acabou,

No corpo no coração,

De todas as mães do mundo,

Eu aviso mãe…

Este poema espelha e alinda a célebre frase “o Natal é quando um homem quiser”.

È evidente que me vou empanturrar com bacalhau, peru, arroz de polvo, rabanadas, filhós e bolo rei. Também vou dar e receber prendas, tudo isto em casa do meu irmão Manuel Lamas como há vários anos a esta parte, mas quero desejar sinceramente a todos, que não haja constrangimentos de estar com quem não gostamos, de conviver com quem não queremos, obrigando terceiros a presenciarem um espectáculo teatral de fraca qualidade, em que na maioria dos casos se pretende aparentar um convívio civilizado que não se sente nem se pode sentir, desde logo por não haver coração.

Evitem-se as situações de famílias separadas que se juntam só porque é Natal, sem conseguirem disfarçar animosidades ou mesmo ódios, encharcando completamente ou quase de hipocrisia pura e dura a celebração do nascimento de Jesus.

Neste Natal 2012 á situações que não dizendo concretamente respeito a esta época, me dão que pensar e me apoquentam, tornando-se fulcrais no país.

A situação mais premente - porque não se resume á crise financeira, mas sim ao meu país profundo (de que tanto gosto) no seu todo -, prende-se com o facto insuportável de começar a ser vulgar ouvir portugueses a dizer nas entrelinhas e mesmo claramente, que não gostam de ser portugueses. Envenenam-se as conversas - a noite de Natal é talvez aquela em que mais se conversa -, com tiradas que ou revelam exibicionismo pateta, ou complexos mal resolvidos ou então qualquer coisa que se situa entre a personalidade do “Velho do Restelo” e a figura de “Miguel de Vasconcelos”.

Há Portugueses que :

Dizem quando se fala de Bancos que isto aqui é um descalabro, quando se sabe que por essa Europa fora é igual ou pior.

Do mundo do touro afirmam que tudo o que temos é mau; em Espanha é que é bom…

Opinam que o nosso turismo é péssimo.

Afirmam que os portugueses não tem qualidades de trabalho nem imaginação...

Desrespeitam a nossa cultura ao considerarem a nossa música e as nossas danças folclóricas, pobres e pirosas…

Dizem ainda:

Contra uma boa parte da opinião pública mundial, que Messi é melhor que o nosso Ronaldo. Alvitram bacocamente que o vinho estrangeiro tem outra qualidade…

E são mesmo capazes de subalternizar a nossa riquíssima gastronomia, ao peixe frito andaluz, ao borrego assado em valladolid, e comparam os “Callos” com as tripas á moda do porto (como se houvesse comparação).

O nosso espumante bom, na opinião “parvenu” não chega aos calcanhares do pior champagne…

E para este tipo de gente até as águas “Perrier” e de “Lanjaron” são melhores do que a “Água de Castelo”…

È fácil concluir que para uns tantos, Portugal e os portugueses são uma merda.

Chega meus senhores. Se não gostam da nossa terra e do que é nosso vão-se embora, escolham o país ideal.

Por favor : Portugal, amem-no ou deixem-no!!!

Pela minha parte peço ao menino Jesus que torne o Natal bem português em Portugal, rapidamente quando lhe der jeito, e que disso avise a SENHORA sua mãe.