MANIFESTO DA DIRECÇÃO: Este blogue “www.sortesdegaiola.blogspot.com”, tem como objectivo primordial só noticiar, criticar ou elogiar, as situações que mais se distingam em corridas, ou os factos verdadeiramente importantes que digam respeito ao mundo dos toiros e do toureio, dos cavalos e da equitação, com total e absoluta liberdade de imprensa dos nossos amigos cronistas colaboradores.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

O conflito permanente em que se envolve a sociedade moderna tem características e motivações muito especiais no nosso país, e consequentemente no nosso mundo do toiro.




Se é um facto que a falta de convívio das pessoas em casa, motivada pelas televisões, computadores e pelo ritmo acelerado em que se vive, contribui para uma certa agressividade, também é um facto que a falta de leitura de bons livros, aliada à violência das imagens de TV e às primeiras páginas dos jornais, geralmente sensacionalistas, projectam as pessoas para a conflitualidade, dando por vezes a ideia de que, para além desta, não há outras formas de reagir.

Em Portugal, há questões que mergulham na história e que têm que ver com a personalidade típica de um povo.

Senão vejamos:

Sempre que há situações fracturantes, nós os Portugueses reagimos com ódios viscerais.

Na 1.ª República o ódio dos jacobinos à igreja, dos republicanos aos monárquicos (e o contrário é verdadeiro), foi profundo (e ainda hoje há resquícios), os salazaristas e a oposição nutriam o mesmo ódio profundo e no 25A as palavras fascistas e comunistas serviram para extremar, rotulando com ódio.

Muitos mais exemplos poderia dar, mas fico-me pelo actual anti Benfiquismo Portista e correspondente anti Portismo Benfiquista.

No mundo do toiro ou se é Mourista ou anti Mourista, ou se é da ANGF ou se é contra, ou se é “Farpista” ou anti “Farpista”, e em todas estas situações há ódios de estimação.

Como é ao mundo do toiro que me quero referir em particular, é a este que quero dizer:

Os ódios do mundo do toiro, nesta fase particular em que a Festa é atacada como nunca o foi (embora seja uma minoria a fazê-lo), só a prejudicam.

O aceitar das críticas que nos fazem, sem azedume, ajudaria com toda a certeza na luta para a qual devemos conduzir as nossas forças.

As roturas de cavaleiros com apoderados e com bandarilheiros, deviam ser feitas com elevação.

As guerras entre orgãos de informação não deviam existir.

Quem está disposto a aceitar o que eu digo? ????
Nem eu, ou se calhar muito menos eu… que estou com esta converseta…

Somos assim, e quiçá não há nada a fazer…